Coalizão no poder no Uruguai manifesta 'solidariedade' a Dilma

A coalizão Frente Ampla, no poder no Uruguai, rejeitou neste domingo (6) as tentativas de "destituição" de Dilma Rousseff. Diante da abertura de um processo de impeachment contra a presidente brasileira, o Plenário Nacional da coalizão de esquerda uruguaia, classificou a iniciativa de "desestabilizadora", e manifestou sua "solidariedade" com a presidente e seu partido (PT).

A presidente brasileira, Dilma Rousseff. REUTERS/Ueslei Marcelino

A Frente Ampla, do presidente uruguaio Tabaré Vázquez, declarou que os "ataques" contra Dilma Rousseff são feitos por aqueles que "querem (...) gerar uma crise política no Brasil". A coalizão uruguaia avalia que essas " tentativas desestabilizadoras são levadas adiante por setores dos grandes meios de comunicação, de atores políticos e do judiciário contra o governo do Brasil".

As ações que os três governos do Partido dos Trabalhadores (PT) realizaram para combater a corrupção no Brasil e fomentar a transparência foram destacadas pela declaração. "Foram todas essas ações que tornaram possível a investigação, os julgamentos (...) dos responsáveis por corrupção", enfatizou. Para a sigla de centro-esquerda o Partido dos Trabalhadores do Brasil "atuará com rigor (...) para erradicar e enfrentar a corrupção".

Governo quer acelerar o processo de impeachment

O escândalo de corrupção na estatal Petrobras pegou em cheio o PT e vários políticos do partido foram presos. Dilma não foi envolvida diretamente no esquema, mas um grupo de juristas fez o pedido para que ela fosse afastada do cargo por causa das pedaladas fiscais, sem permissão prévia do Congresso.

O processo de impeachment, aberto pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha, começará a se desenvolver a partir desta segunda-feira (7). A presidente brasileira quer acelerar o procedimento no Congresso, preocupada com a falta de governabilidade e com a tempestade que o país atravessa.