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Eduardo Paes: impeachment é "insanidade política"

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que o processo de impeachment aberto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, contra a presidenta Dilma Rousseff é "uma insanidade política", que expõe o Brasil internacionalmente. Paes, que participa da Cúpula dos Prefeitos para o Clima ao lado de mais de 400 prefeitos que vieram para a COP 21, em Paris, afirmou que o processo é "absolutamente constrangedor".Paes conversou com a imprensa durante uma sessão paralela organizada pelo Fórum C40, uma rede de 82 cidades comprometidas com ações climáticas, que ele preside.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, durante a sessão do Fórum C40, paralela à COP 21 em Paris
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, durante a sessão do Fórum C40, paralela à COP 21 em Paris Elcio Ramalho
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"As pessoas estão muito mal impressionadas com o Brasil (...), de como a situação de um país se degrada de maneira tão rapida. Todo mundo percebe uma insanidade política ali", declarou, completando que conversou com "vários prefeitos" a respeito da crise política brasileira.

"Você está aqui, as pessoas perguntam: 'por que estão impedindo a presidenta?' Porque o presidente da Câmara não teve dois votos do partido dela a favor dele numa confusão lá que ele se meteu. Nós estamos lidando é (com) isso, não é um crime de responsabilidade da presidenta Dilma", explicou. "A presidenta deve ter outros defeitos, mas certamente não é o de cometer crime de responsabilidade", avaliou Paes.

Para ele, que pertence ao PMDB, mesmo partido de Cunha e em tese aliado do governo, a política brasileira está devorando a si mesma por conta de interesses particulares, que nada têm a ver com a condução do país. "Está na hora de a gente ter o mínimo de razoabilidade, as pessoas estão destruindo o Brasil", disse. "O PMDB deve ser contra essa tentativa de golpe. É uma barganha política assustadora que só diminui a política brasileira".

Paes afirma que o processo paralisa o país e penaliza a população: "Quem tem obrigação lá na ponta de prestar um serviço de saúde, educação, sabe o que significa uma instabilidade como essa, gerada por um processo de impeachment. Quem quiser adiar essa discussão vai estar jogando contra a população brasileira e contra a economia do Brasil".

Para o prefeito do Rio, "o show de irresponsabilidade de 2015 já deu. Basta! Vamos tocar a vida, a gente tem um país para tocar".

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