A poucas horas do pontapé inicial, polícia e manifestantes se enfrentam em SP

A tranquilidade verificada na Zona Leste da cidade de São Paulo na véspera do início da Copa do Mundo deu lugar a tumulto e confronto entre policiais e manifestantes na manhã desta quinta (12). Bombas de efeito moral foram jogadas contra um grupo de cerca de 60 manifestantes. Quatro jornalistas (um brasileiro, um argentino e duas americanas da CNN) ficaram feridos sem gravidade.

Políciais enfrentam manifestantes na Zona Leste de São Paulo REUTERS/Ricardo Moraes

Os manifestantes se reuniram nos arredores de uma das estações do metrô que leva ao Estádio Itaquerão, palco do início da Copa, logo mais, às 22h (17h no horário de Brasília). Aos gritos de “Não vai ter Copa”, eles tentaram bloquear uma avenida que leva ao estádio, que deve receber hoje 12 chefes de Estado, entre eles o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon.

Os trens que partem da Estação da Luz, no centro de São Paulo, rumo ao Itaquerão – chamados de Expresso da Copa – estão fluindo normalmente desde o meio-dia, carregando de 800 a 1.000 torcedores brasileiros e croatas por viagem. A abertura dos portões do estádio, inicialmente prevista para às 13h, foi antecipada para o meio-dia, hora local.

Greves e protestos pelo país

Convocações para manifestações em 12 cidades circulam pelas redes sociais já há alguns dias. Em Belo Horizonte, agências bancárias e lojas protegeram suas fechadas, temendo protestos violentos. Estão previstos dois protestos no Rio de Janeiro, um no centro da cidade e outro na praia de Copacabana, próximo ao local da Fan Fest da Fifa.

O acesso ao aeroporto do Galeão chegou a ser bloqueado por aeroviários grevistas, causando engarrafamento e levando passageiros a perder seus voos. Em Natal, há greve parcial dos ônibus.