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AF447/corpos

Análise do DNA dos corpos do AF447 começa em junho

As análises do DNA dos restos mortais das vítimas do voo AF447 só terão início em junho, após a retirada de todos os corpos que possam ser resgatados, de acordo com uma fonte ligada à operação. O navio Ile de Sein retornou ao local do acidente, a cerca de 300 quilômetros da costa brasileira, neste sábado. Desde então, 29 corpos já puderam ser resgatados, além dos 50 descobertos logo após o acidente.

Resgate de uma das caixas-preta do AF 447.
Resgate de uma das caixas-preta do AF 447. Reuters
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As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo embaixador Philippe Vinogradoff, representante especial junto às famílias das vítimas do voo AF 447. Segundo o comunicado, os peritos estão fazendo o possível para resgatar o maior número de corpos, e, com o fim da retirada dos destroços da aeronave, a equipe está agora concentrada apenas nessa operação.

Em uma carta enviada às famílias no dia 10 de maio, os juízes Sylvia Zimmerman e Yann Daurelle, responsáveis pelo processo de homicídio involuntário contra a Air France e a Airbus, explicaram às famílias que apenas os restos mortais das vítimas que pudessem ser identificados seriam retirados do fundo do mar. Uma fonte ligada à operação disse à RFI que a análise do DNA das vítimas só terá início quando o trabalho de retirada dos corpos for encerrado, no início de junho.

Os peritos franceses ainda não dispõem de alguns elementos que devem ser fornecidos pelos parentes das vítimas que poderão ajudar na identificação, como fotos que ajudem na reconstituição da arcada dentária, por exemplo. O processo de identificação deve demorar vários meses, e a identidade das vítimas será informada apenas às famílias. 59 brasileiros morreram no acidente e os corpos de 39 ainda continuam desaparecidos. Nos próximos dias, o secretário dos Transportes francês, Thierry Mariani, deve agendar uma reunião de informação com os familiares dos passageiros que morreram no acidente.

Relatório preliminar não será antecipado, desmente BEA

A BEA, a agência francesa que investiga as causas do acidente, divulgará um comunicado nesta sexta-feira com as primeiras conclusões sobre o acidente com o voo AF447. Mas de acordo com a porta-voz da agência, Martine Del Buono, "ainda não é possível estabelecer as causas da catástrofe, que só poderão ser explicadas no relatório final, em 2012." O comunicado é, na verdade, uma resposta ao vazamento de informações na imprensa sobre o conteúdo das gravações contidas nas caixas-pretas resgatadas em maio.

Segundo a hipótese mais recente, publicada nesta terça-feira no The Wall Street Journal, as falhas nos sensores Pitot, que medem a velocidade do avião, associadas a erros de pilotagem, teriam provocado uma perda de sustentação da aeronave, conhecida como deep stall no meio da aviação. Os pilotos não teriam conseguido efetuar uma manobra para manter a estabilidade do avião, que teria diminuído de velocidade depois do piloto automático ser desligado. Conclusões consideradas prematuras para alguns dos especialistas envolvidos na investigação, segundo fontes ouvidas pela RFI.

De acordo com a BEA, também não haverá uma antecipação da publicação do relatório preliminar. Segundo informações divulgadas na imprensa francesa, o secretário dos Transportes, Thierry Mariani, teria pedido que o documento fosse finalizado no início de junho. Mas a divulgação só ocorrerá em julho, como previsto.
 

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