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AF447/Acidente

Piloto do AF447 não estava na cabine na hora da pane, diz revista

Em reportagem publicada neste domingo, a revista alemã Spielgel afirma que o piloto do voo AF447, que caiu na rota Rio-Paris, não estava na cabine do avião quando a pane foi detectada na aeronave. Baseada no depoimento de um dos peritos que participa da análise das caixas-pretas, a reportagem explica que o acidente durou quatro minutos.

Primeiros destroços do avião foram retirados do mar em 2009.
Primeiros destroços do avião foram retirados do mar em 2009. Reuters
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Segundo uma fonte da revista Spiegel, que não revelou seu nome, as causas exatas do acidente ainda não foram determinadas, mas as análises das caixas-pretas do avião já deram algumas indicações sobre o momento da catástrofe. O perito explicou à revista que as sondas Pitot, que controlam a velocidade da aeronave, teriam congelado, impedindo a transmissão dos dados corretos sobre a velocidade do aparelho.

Ainda de acordo com a fonte do Spiegel, o acidente teria durado apenas quatro minutos. Os dados das caixas-pretas indicam que houve uma pane brusca nos indicadores de velocidade, que provocaram a queda do avião. Mas as primeiras análises ainda não informam se trata-se de um erro de pilotagem ou se os computadores de bordo, baseados na perda de potência atestada pelos indicadores de velocidade (que estava em pane), tentaram reparar um problema que não existia.

Outro detalhe revelado pela revista alemã foi o fato de que Marc Dubois, o comandante do avião, não estaria na cabine de comando quando o primeiro alarme indicando a pane teria sido acionado. Segundo a Spiegel, as gravações mostram que o piloto teria entrado no cockpit às pressas, “gritado as instruções para seus co-pilotos”.

As caixas-pretas do avião da Air France que caiu na rota Rio-Paris há quase dois anos foram recuperadas no início do mês. O BEA, a agência civil francesa que acompanha as investigações, prometeu divulgar o conteúdo dos aparelhos na próxima sexta-feira. As notícias sobre o acidente são seguidas de perto pela mídia na Alemanha, de onde vinham 28 das 228 vítimas da catástrofe.

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