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Estados Unidos/Nuclear

Washington acolhe Cúpula de Segurança Nuclear

O evento, que acontece na segunda e terça-feira, terá a participação de 40 chefes de estado, entre eles o presidente brasileiro Lula que vai defender o diálogo com o Irã.

A cúpula de Washington acontece na sequência da assinatura histórica, na semana passada em Praga, do novo acordo russo-americando de desarmamento nuclear.
A cúpula de Washington acontece na sequência da assinatura histórica, na semana passada em Praga, do novo acordo russo-americando de desarmamento nuclear. Reuters
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Patrícia Campos Mello, correspondente da RFI em Washington
 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Washington na noite de domingo para participar da Cúpula de Segurança Nuclear, que se realiza na segunda e terça-feira. A cúpula terá participação de 47 países, sendo 40 chefes de Estado. O principal tema é o terrorismo nuclear e como evitar que materiais nucleares caiam nas mãos de terroristas.

Em seu discurso histórico feito em Praga há um ano, o presidente americano, Barack Obama, propôs que todos os materiais nucleares vulneráveis sejam postos em locais seguros em um prazo de 4 anos. E na Revisão da Estratégia Nuclear divulgada na semana passada, o terrorismo nuclear – possibilidade de terroristas roubarem urânio ou plutônio para fazer uma bomba – é descrito como “a maior ameaça contra os EUA”.

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Patrícia Campos Mello, correspondente da RFI em Washington

“Sabemos que grupos terroristas como a Al Qaeda estão procurando materiais para fazer armas nucleares”, disse Ben Rhodes, vice-conselheiro de segurança Nacional da Casa Branca. Mas apesar de o tema da cúpula ser o terrorismo nuclear, duas questões mais polêmicas vão dominar os encontros bilaterais às margens da conferência: sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear e o protocolo adicional do tratado de Não proliferação nuclear, o TNP.

O Brasil não quer que sua participação na cúpula de segurança seja vista como um endosso das políticas dos EUA em geral. O presidente Lula prega mais diálogo com o Irã antes de serem impostas sanções e vai visitar Teerã em maio. E o Brasil não assinou o protocolo adicional do TNP, que prevê inspeções surpresa e mais rigorosas em instalações nucleares dos países. O governo brasileiro se recusa a assumir mais responsabilidades, enquanto as nações detentoras da bomba não cumprirem sua parte no TNP, o desarmamento.

Por isso, o governo brasileiro quer se limitar ao tema da cúpula – segurança nuclear - que não é polêmico. Mas fatalmente Lula será questionado sobre o posicionamento do País em relação ao Irã, principalmente por que ele pode ser o último líder ocidental a se encontrar com o presidente Mahmoud Ahmadinejad antes de possíveis sanções. Lula tem encontros bilaterais marcados com o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, o presidente francês Nicolas Sarkozy e o italiano Silvio Berlusconi. Irã certamente estará na agenda
 

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