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Bolívia

Morales diz que pode voltar para a Bolívia se o povo pedir

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que se exilou no México após ter renunciado, afirmou que poderia voltar para seu país se seus compatriotas pedirem. Ele também acusou a Organização dos Estados Americanos (OEA) de ter contribuído com sua saída do poder, que ele qualifica de "golpe de Estado”.

Evo Morales durante conferência no México, onde se exilou.
Evo Morales durante conferência no México, onde se exilou. REUTERS/Edgard Garrido
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Apesar de ter aceitado a oferta de exílio da parte do governo mexicano, Morales não descarta a hipótese de voltar para seu país. "Se meu povo pedir, estamos dispostos a voltar para apaziguar, mas é importante o diálogo nacional", disse o ex-presidente, acrescentando: "vamos voltar cedo ou tarde. Quanto antes melhor para pacificar a Bolívia".

Morares, que está no México desde terça-feira (12), criticou a postura da Organização dos Estados Americanos, depois que denunciou sérias irregularidades nas eleições de 20 de outubro que desencadearam a crise boliviana. "Infelizmente, a OEA aderiu a esse golpe de Estado. Eu recomendo aos novos políticos da América Latina: cuidado com a OEA. A OEA é neogolpista para mim", afirmou o líder da esquerda em entrevista à imprensa colombiana.

O ex-chefe de Estado também questionou a proclamação da senadora de direita Jeanine Añez como presidente interina na Bolívia, insistindo que a saída da crise deve ser constitucional. "A única saída é respeitar nossa Constituição, recuperar a democracia; a única saída é respeitar o povo e principalmente os movimentos sociais", acrescentou.

Nesse sentido, ele pediu às forças de segurança que não "disparem uma bala". "Equipei as Forças Armadas não contra o povo, mas para que defendam a pátria. Lamento muito que as Forças Armadas estejam agora do lado de um golpe de Estado", afirmou.

(Com informações da AFP)

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