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EUA

Trump debocha dos serviços de Inteligência dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, protagonizou nesta quarta-feira (30) uma nova disputa com os serviços de Inteligência do país. Irônico, o chefe da Casa Branca chamou os profissionais responsáveis pela coleta de informações sobre as possíveis ameaças à segurança do país de “ingênuos”.

Trump disse que "as pessoas da Inteligência parecem ser extremamente passivas e ingênuas quando se trata dos perigos do Irã"
Trump disse que "as pessoas da Inteligência parecem ser extremamente passivas e ingênuas quando se trata dos perigos do Irã" AFP
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Após ter sido contestado pelos chefes das principais agências de Inteligência dos Estados Unidos sobre vários temas de política exterior, o presidente norte-americano debochou dos profissionais. "Talvez a Inteligência devesse voltar à escola", tuitou o chefe da Casa Branca.

Essa não é a primeira vez que Trump questiona publicamente os serviços de Inteligência, embora agora tenha sido especialmente veemente. "As pessoas da Inteligência parecem ser extremamente passivas e ingênuas quando se trata dos perigos do Irã. Estão equivocados!", continuou o presidente.

A declaração foi uma resposta à posição do diretor de Inteligência, Dan Coats, e a chefe da CIA, Gina Haspel, ambos nomeados por Trump, que mostraram as suas diferenças em temas como Irã, Coreia do Norte e Síria. As divergências foram sentidas na véspera, durante uma audiência no Comitê de Inteligência do Senado sobre as ameaças globais que os Estados Unidos enfrentam.

A diretor da CIA colocou em dúvida que o Irã esteja buscando contar com armas nucleares, justificativa de Trump para abandonar unilateralmente o acordo nuclear assinado em 2015. "Quando me tornei presidente, o Irã estava gerando problemas em todo o Oriente Médio e além. Desde que acabamos com este terrível acordo nuclear são MUITO diferentes, embora uma fonte de perigo e conflito em potencial", escreveu Trump no Twitter.

“Relação com Coreia do Norte é a melhor de todos os tempos”

As diferentes também surgiram no tema norte-coreano. "Seguimos considerando que seja pouco provável que a Coreia do Norte esteja disposta a renunciar a todas suas armas nucleares e capacidades de produção, apesar de pretender negociar uma desnuclearização parcial para obter importantes concessões internacionais e dos Estados Unidos", assegurou Coats ao Congresso. Trump se defendeu no Twitter: "A relação da Coreia do Norte com os Estados Unidos é a melhor de todos os tempos". "O tempo dirá o que acontecerá com a Coreia do Norte, mas no final da administração passada a relação era horrível e coisas muito ruins iam acontecer. Agora é outra história", indicou.

Trump também mostrou divergências sobre a situação síria que, segundo ele, está praticamente resolvida. Mas segundo Coats, o grupo Estado Islâmico "ainda controla milhares de combatentes em Iraque e Síria".

"Devemos saudar nossas agências de Inteligência, que continuam fornecendo análises rigorosas e realistas das ameaças que enfrentamos", disse o democrata Adam Schiff, presidente da Comissão de Inteligência na Câmara de Representantes. "O fato de que a Casa Branca não escute é terrivelmente perigoso", acrescentou.

(Com informações da AFP)

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