Shutdown : Senado dos EUA chega a um acordo para tentar desbloquear o governo
O Senado dos Estados Unidos chegou a um consenso nessa segunda-feira (22) sobre um projeto de lei de orçamento provisório. A decisão pode acabar com o chamado Shutdown, o fechamento parcial do governo federal que obriga, desde domingo (21) centenas de milhares de servidores a ficarem em casa e mantêm boa parte dos serviços públicos parados.
Publicado em: Modificado em:
Após intensas discussões, os líderes democratas e republicanos no Senado chegaram a um acordo sobre um texto garantindo um orçamento até 8 de fevereiro nos Estados Unidos. Em troca, os representantes se engajaram em resolver a questão da regularização de milhares de imigrantes em situação ilegal e que chegaram aos Estados Unidos quando eram crianças.
Os democratas haviam se recusado a validar o orçamento enquanto a situação dos jovens, conhecidos como "dreamers", não fosse definida. Esses migrantes eram protegidos desde 2012 pelo Daca, um programa criado pelo presidente democrata Barack Obama. Mas desde que o dispositivo foi revogado pelo presidente Donald Trump, em setembro passado, 700 mil “dreamers” correm o risco de deportação.
Orçamento ainda deve ser validado
O projeto de orçamento provisório passou no Senado com maioria folgada, de 81 a 18 votos, mas ainda terá que voltar à Câmara de Representantes, já que o texto foi modificado desde que a Câmara Baixa o aprovou na quinta-feira (18). O texto também precisa ser validado pelo presidente Donald Trump.
A paralisação do governo não afeta serviços essenciais, em particular os que têm a ver com a segurança nacional. Mas na capital federal era notável a redução da atividade, com o metrô e as principais avenidas mais vazias que de costume.
Essa não é a primeira vez que os Estados Unidos vivem um "shutdown". Um bloqueio semelhante ocorrem em 2013, durante a administração Obama, e durou 16 dias.
Trump vai para Davos
Com o acordo intermediário sobre o orçamento, Trump poderá participar do Fórum Econômico Mundial em Davos esta semana, confirmou a Casa Branca. O fim da paralisação parcial da administração federal era uma das condições para que o presidente participasse do encontro das grandes potências econômicas que começa nesta terça-feira (23) nos Alpes Suiços.
Cerca de 3.000 participantes, entre eles 70 chefes de Estado e de governo e 38 encarregados de grandes organizações internacionais se reunem no evento. O lema central desta edição, a de número 48, é "Criando um futuro compartilhado em um mundo fraturado".
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro