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Havaí/Alerta

Autoridades do Havaí estão sob pressão, após alerta falso sobre míssil

As autoridades do Havaí estão sob pressão neste domingo (14) para explicar o alerta falso sobre míssil que provocou pânico no arquipélago americano nesse sábado (13). A mensagem foi enviada por engano para alguns celulares, pedindo que a população se protegesse, e se propagou rapidamente pelas redes sociais. A ameaça foi rapidamente desmentida, mas acabou gerando muita confusão neste contexto de tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

A cidade de de Honolulu, no Havaí, em novembro de 2011.
A cidade de de Honolulu, no Havaí, em novembro de 2011. REUTERS/Chris Wattie/File Photo
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O alerta foi enviado às 8h, pelo horário local, com a mensagem: "Ameaça de míssil balístico em direção ao Havaí. Busque um abrigo imediato. Isto não é um exercício." Logo em seguida, em tuítes separados, o governador do Havaí, David Ige, e a agência local de situações de emergência afirmaram que o território americano no Pacífico não estava sob a ameaça de um míssil balístico. "Havaí, isso é um alarme falso", publicou também a deputada democrata Tulsi Gabbard no Twitter. "Confirmei com autoridades que não há um míssil a caminho."

David Benham, porta-voz do centro de comando militar americano para aquela zona do Pacífico, explicou que "a mensagem anterior foi enviada por engano" através do Sistema de Alertas de Emergência que as autoridades nacionais usam para enviar informações urgentes para os cidadãos. Ele garantiu que não foi detectada nenhuma ameaça de míssil balístico sobre o Havaí. O serviço de emergências do Havaí confirmou que não havia nenhuma ameaça de míssil

O senador democrata pelo Havaí, Brian Schatz, disse pelo Twitter que o incidente foi provocado por "falha humana", sem divulgar detalhes. Ele pediu mais profissionalismo e "salvaguardas no sistema de alertas Amber" para evitar novos enganos no futuro.

Cenas de confusão

Um fotógrafo da AFP que mora no centro de Honolulu indicou que viu várias pessoas saindo de um prédio de escritórios depois do alerta, enquanto seus vizinhos lhe perguntavam o que fazer. Uma moradora de Honolulu, Alison Teal, disse que viveu "o pior momento de sua vida", que correu para casa e "gritava para todo mundo na rua que era preciso fugir". O medo durou uma hora, "uma eternidade", disse Alison.

Lauren McGowan, de férias na ilha de Maui, contou à AFP que funcionários do hotel Montage Kapalua Bay lhe pediram que se abrigasse no porão da cafeteria dos empregados. "Ninguém entrou em pânico, mas foi confuso", com crianças perguntando por que precisavam ir para o porão. Depois de alguns minutos, um dos clientes conseguiu sinal de telefone e avisou que o alerta era falso. "Foi um pouco preocupante, mas não vou deixar que isto estrague minhas férias", disse Lauren.

Sistema de alerta criticado

O sistema de alertas Amber costuma ser criticado por sua pouca fiabilidade. "O público tem que ter confiança no nosso sistema", criticou o governador do Havaí em um comunicado, assinalando que buscaria entender o que causou o incidente e que cuidaria para que situações semelhantes não voltem a ocorrer.

Ele explicou que o falso alerta aconteceu no momento da mudança de equipes na agência havaiana de situações de emergência. Segundo o governador, os funcionários que chegaram para trabalhar, apertaram "um botão errado" no momento em que verificavam se o sistema estava operacional.

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