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Saúde

Manifestantes pró-Obamacare causam tumulto no Senado americano

Dezenas de manifestantes em cadeiras de rodas interromperam nesta segunda-feira (25) uma audiência do Senado dos Estados Unidos sobre um projeto republicano que visa dar fim à lei de saúde de Barack Obama.

Manifestantes pró-Obamacare no Senado dos EUA, em Washington, em 25 de setembro de 2017
Manifestantes pró-Obamacare no Senado dos EUA, em Washington, em 25 de setembro de 2017 REUTERS/Kevin Lamarque
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"Mate a reforma, não a nós!", gritavam dezenas de ativistas por dentro e por dentro da sala de audiência parlamentar, forçando um adiamento do início da sessão, à medida que policiais expulsavam os manifestantes, muitas vezes levando-os pelos braços.

Vindos do salão, os gritos dos manifestantes eram audíveis no exterior, criando um ambiente raramente visto em uma audiência parlamentar.

A maioria republicana do Senado está tentando implementar, mais uma vez, a promessa de revogar a "Obamacare", lei democrata emblemática da presidência de Barack Obama, implantada em 2010.

Os republicanos já falharam em julho e ressuscitaram seu projeto agora, perto do de 30 de setembro, prazo final do exercício orçamentário deste ano.

Redução no orçamento da saúde

Uma coalizão de médicos, grupos de doentes, companhias de seguros e representantes dos democratas se opõe a esta nova versão, o que levaria a uma redução significativa no orçamento federal da saúde, atingindo os mais pobres, e revogando conquistas que os pacientes tiveram desde a adoção da Obamacare.

"Obamacare é um fracasso", defendeu um dos co-autores do projeto republicano Bill Cassidy. "A realidade é que as classes médias viram os preços de seguro explodir".

“Se não pararmos a hemorragia, o sistema entrará em colapso diante de nossos olhos", disse seu colega, Lindsey Graham, que apontou que em seu estado, Carolina do Sul, apenas uma seguradora privada havia permanecido na mercado de seguro de saúde individual, em comparação às cinco que havia antes da Obamacare.

Os republicanos estão envolvidos em uma corrida contra o relógio para votar antes do final da semana. Mas esta precipitação é mal vista por vários membros da maioria. Dois republicanos, dos 52, já anunciaram sua oposição, e pelo menos outros dois estão pendendo para este lado.

"Ninguém é obrigado a comprar um jipe ​​com o pretexto de que é o único carro disponível", disse o democrata Ron Wyden.

Convidada a testemunhar, a senadora democrata Miron Hirono lembrou que recentemente foi tratada por um câncer de fígado. Sem Obamacare, ela disse, pacientes em seu caso poderiam acabar com contas de várias centenas de milhares de dólares.

"A saúde é um direito, não um privilégio reservado para quem pode pagar", disse a senadora do Havaí.

(Com informações da AFP)

 

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