Maduro culpa EUA e Colômbia pela quartelada em Valência
O presidente venezuelano Nicolás Maduro declarou que o exército neutralizou neste domingo (6) um “ataque terrorista financiado por Bogotá e Miami”.
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O ataque ao forte Paramacay, na cidade de Valência, a 170 kms de Caracas, teria sido liderado pelo ex-capitão Juan Caguaripano, a frente de um grupo de cerca de 20 rebeldes. Depois de três horas de conflito, 2 rebeldes foram mortos e oito detidos, enquanto outros continuam em fuga com armas e munições roubadas no quartel.
Segundo informações do ministério da Defesa, os detidos confessaram estar agindo sob a influência da “extrema-direita venezuelana em contato com governos estrangeiros”.
Em seu primeiro pronunciamento após o incidente, o presidente Maduro classificou a sublevação de “ataque terrorista”, financiado por Bogotá e Miami.
O presidente do parlamento venezuelano, Julio Borges, porta-voz da oposição, exigiu que toda a verdade seja revelada sobre o levante, e que o governo de Maduro não se aproveite dele para começar uma “caça às bruxas”.
Resposta armada à Assembleia Constituinte
O ataque aconteceu 24 horas depois que começaram os trabalhos da Assembleia Constituinte convocada por Nicolás Maduro, apesar da forte oposição nacional e das críticas expressas pela comunidade internacional.
No domingo, num vídeo supostamente filmado dentro do forte Paramacay e divulgado pelas redes sociais, um homem se apresentou como o capitão Juan Caguaripano, dizendo que sua ação não se tratava de um golpe, mas de uma “rebelião legítima contra a tirania assassina de Nicolás Maduro”.
“Não se trará de um golpe de Estado, mas sim de uma ação cívica e militar para reestabelecer a ordem constitucional. Exigimos a formação imediata de um governo de transição e de eleições gerais livres”, declarou o suposto militar.
Nos últimos quatro meses, 125 pessoas já morreram na Venezuela em conflitos e manifestações contra a Assembleia Constitucional de Nicolás Maduro.
Um dos principais pilares do poder de Maduro, as Forças Armadas venezuelanas não têm dado atenção aos pedidos de intervenção militar da oposição.
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