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Mercosul/Maduro

Mercosul fará um apelo a Nicolás Maduro para suspender o processo constituinte

Os ministros das Relações Exteriores dos países do Mercosul discutem a situação da Venezuela, em Mendoza, na Argentina. Um duro documento será anunciado nas próximas horas desta sexta-feira (21) contra a posição do presidente venezuelano Nicolás Maduro. O presidente Michel Temer pediu "a volta da democracia à Venezuela".

Michel Temer em Mendoza.
Michel Temer em Mendoza. REUTERS/Marcos Brindicci
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Márcio Resende, enviado especial a Mendoza, Argentina

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, antecipou que o Mercosul fará um apelo para o governo de Maduro suspender o processo constituinte do próximo dia 30.

um apelo a que haja uma negociação séria mediante a suspensão das decisões arbitrárias e do processo constituinte e nós vamos discutir agora a sequência da reunião do dia 7 de abril, quando nos termos do protocolo de Ushuaia foi constatada a quebra da ordem democrática", indicou.

Nunes explicou à RFI porque o Brasil não aplica sansões econômicas à Venezuela:

"Acho delicado porque nós vamos matar o povo de fome? Eles já estão numa situação dificílima, nós vamos suspender a exportação de alimentos para a Venezuela? Não tem cabimento isso", refletiu.

Volta da democracia na Venezuela

Em discurso durante a Cúpula do Mercosul, o presidente Michel Temer disso que "que não existe mais espaço na região para prisões arbitrárias" e pediu "a volta da democracia à Venezuela".

"Já não há mais espaço, na América do Sul, para prisões arbitrárias, para medidas de repressão política, para atitudes e atos incompatíveis com os preceitos democráticos. Já não há mais espaço para governos indiferentes à sorte de seu povo", concluiu.

"No Brasil, estamos dispostos a unir nossa voz àquela de nossos vizinhos que reclamam a volta da democracia (na Venezuela)", avançou o presidente.

"Nossos chanceleres reconheceram formalmente a ruptura da ordem democrática na Venezuela. Nossa mensagem é clara: conquistamos a democracia, em nossa região, com grande sacrifício, e não nos calaremos, não nos omitiremos frente a retrocessos", avisou Temer.

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