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EUA

Trump cria polêmico comitê para investigar possível fraude eleitoral

O presidente norte-americano, Donald Trump, criou nesta quarta-feira (19) um comitê para investigar se houve fraude nas eleições de novembro de 2016. A medida, que obriga os estados a compartilhar informações sobre os seus eleitores, suscita bastante polêmica no país.

Trump ainda contesta o resultado da eleição presidencial, apesar de sua vitória.
Trump ainda contesta o resultado da eleição presidencial, apesar de sua vitória. REUTERS/Carlos Barria
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"Esta comissão tem a tarefa sagrada de defender a integridade das urnas e o princípio de 'um cidadão, um voto'", explicou Trump ao lançar o painel na Casa Branca. "Cada vez que há fraude eleitoral, é eliminado o voto de um cidadão legal e enfraquece a democracia. Não podemos permitir que isso aconteça", advertiu.

Poucas semanas depois das presidenciais, Trump garantiu que perdeu no voto popular "porque milhões de pessoas votaram ilegalmente", segundo explicou no Twitter. Sua rival democrata, Hillary Clinton, venceu a nível nacional por uma diferença de quase três milhões de votos, embora não tenha somado a maioria necessária de membros do Colégio Eleitoral, que são os que escolhem o presidente no sistema de eleição indireto do país.

Especialistas asseguram que há poucas provas de uma possível fraude eleitoral. Além disso, vários setores criticam a criação do comitê, afirmando que na realidade Trump busca atacar o direito dos cidadãos de votar.

A União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) começou uma série de ações legais contra o comitê. "O governo Trump lançou um ataque a nível nacional contra o direito ao voto", assinalou Dale Ho, um dos diretores. "Pedir dados de cada eleitor nos Estados Unidos é muito alarmante e aumenta de forma significativa as preocupações sobre privacidade [...]. Os estados fizeram bem em se opor a dar informações pessoais, o que claramente é uma campanha para eliminar votos", afirmou.

O presidente disse nesta quarta-feira estar "contente de que mais de 30 estados tenham aceitado dividir as informações com a comissão". "Se algum estado não quer dividir esta informação, devem questionar o motivo pelo qual estão preocupados", continuou.

O Partido Democrata e grupos de direitos humanos acusam os republicanos de tentar suprimir os votos de eleitores negros e pobres por problemas com seus documentos de identidade ou na hora de se registrar para votar.

(Com informações da AFP)

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