Venezuela se defende das acusações de secretário da OEA
O governo da Venezuela acusou o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, de encorajar a intervenção internacional no país. A acusação acontece depois de Almagro ter condenado a omissão regional diante da crise política e econômica na Venezuela.
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O secretário-geral também defendeu a suspensão de Caracas da instituição se as eleições gerais não forem convocadas rapidamente. Almagro fez a recomendação em uma carta de 75 páginas enviada ao Conselho Permanente da OEA. Ele pediu que as regras da organização sejam aplicadas à Venezuela e ameaçou suspender o país se eleições gerais não forem organizadas rapidamente, como pede a oposição.
As eleições presidenciais no país estão previstas para dezembro de 2018. O ex-ministro das Relações Exteriores uruguaio lembrou que todas as tentativas de diálogo entre o governo e os opositores fracassaram. Já a chancelaria venezuelana estimou que o posicionamento de Almagro foi guiado pelo “ódio” e pela sua cumplicidade com a oposição.
População virou refém
Em junho, Almagro apresentou diante do conselho permanente da organização um relatório no qual ele pede apoio aos esforços feitos pela oposição para organizar um referendo para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. Segundo ele, “o governo venezuelano viola os direitos de seus cidadãos, exerce pressões políticas, tortura, viola, corrompe, trafica drogas e mantém a população submetida à falta de alimentos, remédios e dinheiro para sobreviver”.
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