Grupo de escoteiros dos EUA passa a aceitar crianças transgênero

O Boy Scouts of America, grupo de escoteiros dos Estados Unidos, acolherá em suas fileiras crianças transgênero, uma decisão que representa uma mudança na sua política tradicional em relação ao tema.

Escoteiro na Parada Gay de San Francisco Reuters

O diretor-executivo da organização, Michael Surbaugh, disse que o grupo agora permitirá o ingresso de crianças que não se reconheçam como pertencentes ao sexo biológico. "Percebemos que usar as certidões de nascimento como referência não é mais suficiente", afirmou.

Zach Wahls, fundador do grupo Escoteiros pela Igualdade, saudou o "passo histórico" dado pela organização. "As leis e as comunidades agora interpretam a identidade de gênero de uma maneira diferente. Porém essas novas leis ainda variam de um estado a outro", observou.

Wahls lembrou o caso do menino transgênero Joe Maldonado, de Nova Jersey, cuja expulsão de um grupo de escoteiros no ano passado gerou polêmica. "Estamos orgulhosos do Boy Scouts por decidir fazer o certo", acrescentou. A decisão completa uma medida anterior, de 2013, de admitir homossexuais.

Com 2,3 milhões de membros e cerca de 1milhão de adultos voluntários, a filial norte-americana é uma das mais importantes do Boy Scouts em nível internacional.