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Furacão

Após deixar 9 mortos no Mar do Caribe, furacão Matthew se dirige aos EUA

O furacão Matthew chegou com força total a Cuba na noite de terça-feira (4) e se dirige ao sul dos Estados Unidos nesta quarta-feira (5). As vítimas fatais foram registradas no Haiti e na República Dominicana, países que tiveram regiões completamente devastadas pelos fortes ventos e tempestades.

Furacão Matthew devastou algumas regiões do Haiti, onde deixou cinco mortos.
Furacão Matthew devastou algumas regiões do Haiti, onde deixou cinco mortos. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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O furacão Matthew, de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, é considerado como o mais poderoso dos últimos dez anos. Ele tocou a terra na região leste de Cuba pouco antes das 19h locais (20h de Brasília), com ventos de até 220 km/h. As cidades do leste da ilha estão desertas: mais de 1,3 milhão de pessoas foram retiradas preventivamente de suas casas.

Tony Matos, presidente do Conselho de Defesa Municipal de Baracoa, no departamento de Guantánamo, anunciou para quarta-feira a previsão de ondas de três a quatro metros de altura, assim como chuvas intensas e inundações. Além de Guantánamo, o furacão deixou em alerta as províncias Santiago de Cuba, Camagüey, Holguín, Granma e Las Tunas.

O Matthew representa o maior desafio ao sistema de alerta e prevenção de emergências da ilha desde 2012. Na época, o furacão Sandy, de categoria 2, deixou 11 mortos e provocou grande destruição em Santiago de Cuba.

Furacão se dirige aos Estados Unidos

Os Estados americanos da Flórida, Geórgia, Carolina do Sul e do Norte que devem ser atingidos por Matthew na quinta-feira (6) decretaram estado de emergência e os moradores do litoral receberam a recomendação de deixar suas casas. "Nosso objetivo é que a população se situe a pelo menos 150 km da costa", declarou a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.

Diante da possibilidade da chegada de Matthew, o presidente americano Barack Obama decidiu adiar um evento previsto para quarta-feira, em Miami, com Hillary Clinton, candidata democrata à presidência do país.

Morte e destruição na região do Caribe

O furacão deixou quatro mortos na República Dominicana e cinco no Haiti. O Centro dominicano de Operações de Emergências (COE) informou que 8.546 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em Santo Domingo, assim como em províncias próximas da fronteira com o Haiti.

No Haiti, país mais pobre das Américas, 9.280 pessoas foram retiradas de suas residências, informou o porta-voz do Ministério do Interior, Guillaume Albert Moléon. As autoridades ressaltam que, até o momento, não foi possível fazer um balanço e conhecer a extensão da destruição causada pela passagem do fenômeno. A região sul do país foi ficou isolada na terça-feira, após a queda de uma ponte na estrada que liga esta parte do país com a área da capital Porto Príncipe.

"É a pior catástrofe que o Haiti sofre em décadas, e todos os danos serão, sem dúvida, significativos", declarou o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Haiti, Marc Vincent. "Mais de quatro milhões de crianças podem estar expostas aos estragos do furacão", advertiu a organização em um comunicado.

A Agência para o Desenvolvimento Internacional (AID) dos Estados Unidos enviou uma equipe de socorro especializada em desastres para Bahamas, Haiti e Jamaica.

(Com informações da AFP)

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