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EUA/Campanha

Ex-vice-diretor da CIA diz que Trump é 'agente involuntário' de Putin

Um ex-vice-diretor da CIA apoiou enfaticamente nesta sexta-feira (5) Hillary Clinton na corrida pela presidência dos Estados Unidos e disse que Donald Trump é um "agente involuntário" do presidente russo, Vladimir Putin.

Proibir a entrada de muçulmanos nos EUA, como defende Donald Trump, põe em risco a segurança do país, segundo ex-diretor da CIA.
Proibir a entrada de muçulmanos nos EUA, como defende Donald Trump, põe em risco a segurança do país, segundo ex-diretor da CIA. REUTERS/Carlo Allegri
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"Putin explora as debilidades de Trump fazendo elogios a ele", escreveu o ex-vice-diretor da CIA Michael Morell em uma coluna de opinião no The New York Times. "Nos serviços de inteligência diríamos que Putin recrutou Trump como agente involuntário da Federação Russa".

Na coluna, Morell explica as razões pelas quais votará em Hillary no dia 8 de novembro e critica fortemente o candidato republicano, afirmando que "não apenas não está qualificado para o cargo (de presidente dos Estados Unidos), mas que pode ser um risco para nossa segurança nacional".

Morell, que passou 33 anos na CIA e dirigiu interinamente a agência quando ocupou o cargo de vice-diretor, lembrou que Putin é um ex-agente de inteligência especializado em descobrir falhas em seus alvos, habilidoso nos meios para explorá-las. "Putin explorou as debilidades de Trump enchendo-o de elogios. E este último reagiu como Putin havia previsto", disse.

"Hillary saberá garantir a segurança do país"

Morell lembrou que Trump classificou o presidente russo de grande líder, encorajou os serviços de inteligência russos a espionar sua rival democrata e colocou em xeque os compromissos dos Estados Unidos com a Otan em caso de agressão russa a um país báltico. Também acusou Trump de ter "abalado a segurança dos Estados Unidos ao ter pedido que a entrada de muçulmanos no país seja proibida", o que reforça a propaganda terrorista, que afirma que a luta contra o terrorismo é, de fato, uma guerra contra o Islã.

Em contraste, Morell deu seu apoio à ex-secretária de Estado do presidente Barack Obama. "Tenho confiança nela, saberá cumprir a tarefa mais importante de um presidente: garantir a segurança do país", escreveu.

Nova carga contra imigrantes

Trump tem se envolvido em inúmeras polêmicas durante sua campanha eleitoral. A última delas ocorreu na quinta-feira, durante um comício, quando o candidato atacou os imigrantes, os quais, segundo ele, representam uma ameaça terrorista para o território americano.

"Centenas de refugiados, que vêm de territórios e dos países mais perigosos da Terra, não? Temos de pôr fim a essa prática", disse em Portland, no Maine (nordeste do país). "Deixamos entrar pessoas que vêm de países terroristas e que não deveriam ter esse direito, porque não podemos controlá-los", reiterou o candidato republicano. "Não sabemos nada deles. Isso poderia ser o maior cavalo de Troia de todos os tempos", acrescentou.

Em seu discurso, Trump citou o caso de um estudante marroquino detido nos Estados Unidos por tentar cometer um atentado, e o de um refugiado do Uzbequistão perseguido por ter tentado treinar recrutas na fabricação de bombas. "Estamos tratando com animais", denunciou o republicano.

Informações da AFP

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