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Papa/Cuba

Em Havana, Papa pede avanços na relação entre Cuba e Estados Unidos

Em sua chegada a Havana na tarde deste sábado (19), o papa Francisco fez um apelo para que os governos de Cuba e dos Estados Unidos avancem na normalização de suas relações. No discurso feito ainda na pista do aeroporto Jose Martí, o sumo pontífice também pediu para que a Igreja Católica tenha "meios necessários" para trabalhar com “liberdade” em Cuba.

O Papa Francisco foi recebido pelo presidente Raúl Castro ao chegar ao aeroporto de Havana.
O Papa Francisco foi recebido pelo presidente Raúl Castro ao chegar ao aeroporto de Havana. AFP / FILIPPO MONTEFORTE
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As primeiras declarações do sumo pontífice revelam que sua viagem também terá um forte teor político, ao evocar a retomada do diálogo entre Cuba e os Estados Unidos. "Há vários meses estamos sendo testemunhas de um acontecimento que nos enche de esperança: o processo de normalização das relações entre os dois povos, depois de anos de distanciamento. Ânimo aos responsáveis políticos para continuar avançando por este caminho", declarou o papa diante do presidente Raúl Castro e de alguns bispos que foram recebê-lo no aeroporto.

O papa atuou como mediador na retomada do diálogo entre Washington e Havana, formalizada no dia 20 de julho.

Outra mensagem enviada pelo papa na sua chegada a Havana foi em prol da Igreja Católica, que deve ter "meios necessários", para trabalhar "com liberdade", em Cuba.

"Hoje renovamos os laços de cooperação e amizade (com o governo comunista cubano) para que a Igreja siga acompanhando e confortando o povo cubano em suas esperanças e preocupações, com liberdade e meios necessários para levar o anúncio do Reino (de Deus) até as periferias existenciais da sociedade", declarou.

Visita mais longa do pontificado

A visita de Francisco é a terceira de um papa a Cuba, desde as viagens feitas por João Paulo Segundo em 98, e Bento 16 em 2012. O giro do Papa Francisco, de oito dias, é o mais longo desde o início de seu pontificado. Depois de Cuba, ele vai para os Estados Unidos.

No seu discurso, o papa também pediu para transmitir a Fidel Castro, líder da revolução cubana, seus "sentimentos de especial consideração e respeito". Há expectativa de Francisco se reunir com Fidel neste domingo (20), mas o encontro entre essas duas figuras emblemáticas não faz parte da agenda oficial da visita.

Depois das cerimônias de boas-vindas, o papa Francisco entrou em um "papamóvil" e partiu em direção à Nunciatura Apostólica, localizada no bairro de Miramar. Ele foi acolhido por milhares de cubanos que foram às ruas saudar o sumo pontífice.

Primeiro papa latino-americano, Papa Francisco pisa pela primeira vez em Cuba, onde cartazes com suas fotos foram pendurados em postes, prédios e igrejas. Esta é a décima terceira viagem de Francisco ao exterior desde o início de seu pontificado, em 2013.

Em Cuba, o papa irá celebrar duas missas campais, em Havana e Holguín, e uma terceira em Santiago de Cuba, no Santuário da Virgem da Caridade do Cobre. A presidente argentina, Cristina Kirchner chegou a Havana neste sábado para assistir a missa deste domingo na famosa Praça da Revolução, em Havana.
 

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