HitchBOT, o robô "mochileiro", é destruído e prova que não se pode confiar nas pessoas

Há um ano, o hitchBOT, também conhecido como o "robô mochileiro", foi criado por pesquisadores de uma universidade de Toronto com um grande desafio: descobrir se os seres humanos são dignos de confiança. Desde então, ele percorreu estradas no Canadá, na Alemanha e na Holanda. Ao levar o experimento aos Estados Unidos, os cientistas canadenses tiveram a resposta: no último fim de semana o experimento foi destruído por vândalos norte-americanos.

O robô hitchBOT durante "visita" aos jardins públicos de Boston, nos Estados Unidos, em 24 de julho de 2015. Reprodução Facebook

"Ah, não! Meu corpo foi danificado", comentou o robô falante em seu site no fim de semana. "Parece que, às vezes, acontecem coisas ruins com bons robôs. Minha viagem deve terminar por ora, mas meu amor pelos humanos jamais morrerá. Obrigado a todos meus amigos", acrescentou.

O humanoide falante hitchBOT foi criado no Canadá como uma experiência social para investigar se sua "espécie" poderia confiar nos seres humanos. Ele percorreu milhares de quilômetros no Canadá e depois atravessou algumas regiões da Europa sem sofrer danos.

Quando foi colocado para viajar do norte de Boston até a Filadélfia - uma distância de pouco menos de 500 quilômetros, que realizou em duas semanas - foi atacado e desmembrado por desconhecidos. hitchBOT foi encontrado abandonado em uma estrada no leste dos EUA.

Ponto de vista positivo

Os pesquisadores da Universidade Ryerson de Toronto, que idealizaram a experiência, viram a "morte" de sua criatura de um ponto de vista positivo. "Sabemos que muitos fãs do hitchBOT vão se sentir decepcionados, mas queremos garantir que esta grande experiência não acabou. Por ora, nos dedicaremos a responder o que aprendemos com a experiência e a explorar futuras aventuras para robôs e humanos. Não nos interessa denunciar ou encontrar as pessoas que destruíram o robô", afirmaram na página www.hitchBot.me.

O humanoide foi construído com apenas US$ 1.000, a partir de componentes que podem ser encontrados em qualquer loja de ferragens. Ele era capaz de dizer ao motorista que dava carona se estava cansado ou precisava recarregar suas baterias se conectando ao painel do veículo. Sua principal característica era o sorriso feito de luzes LED.

(Com informações da AFP)