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Israel/Estados Unidos

Discurso de Israel contra o Irã irrita imprensa americana

O discurso duro do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o Irã, suspeito pelo país e seus aliados de desenvolver um programa nuclear com fim militares, parece ter convencido os israelenses, mas vem causando irritação na imprensa americana.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, diz em tribuna da ONU em setembro de 2013 que Israel está pronto para agir sozinho contra o Irã.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, diz em tribuna da ONU em setembro de 2013 que Israel está pronto para agir sozinho contra o Irã.
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A próxima reunião do grupo dos 5+1, composto pelos Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Inglaterra, sobre a questão do nuclear iraniano acontece em Genebra, na Suíça no próximo dias 15 e 16 de outubro. Enquanto isso, esquenta o debate sobre o tema nos Estados Unidos e em Israel, principais países defensores das sanções impostas ao Irã.

Na terça-feira, durante o discurso na tribuna da ONU, o primeiro-ministro israelense citou uma pesquisa em que 84% dos israelenses dizem acreditar que Teerã não têm a intenção de suspender seu programa nuclear. Cerca de 65% dos entrevistados apoiariam uma operação militar isolada de Israel contra o Irã.

No dia seguinte, o editorial do New York Times pedia que Israel não "sabote a diplomacia antes que o Irã não seja posto a prova". Ainda no mesmo diário americano, Roger Cohen denuncia que "o problema de credibilidade de Netanyahu vem da evidente inversão de prioridades em um discurso rico no Irã e pobre na Palestina".

Em uma coluna desta sexta-feira na publicação americana Washington Post, David Ignatius traça um paralelo entre a desconfiança visceral do governo israelense de Golda Meir face à abertura do presidente egípcios Anouar al-Sadate antes da guerra do Kippour, há 40 anos, e a atitude do atual governo judaico diante dos iranianos.

O Secretário de Estado Americano, John Kerry, assegurou esta semana que o Irã será "julgado não por suas palavras, mas por seus atos". Ele julgou que não explorar todas as pistas diplomáticas possíveis seria uma grave falta profissional.

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