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Estados Unidos/Crise

Crescimento recua nos EUA em ritmo preocupante

Má notícia para o governo de Barack Obama. Em plena queda de braço com a oposição republicana, para obter um acordo sobre o aumento do teto da dúvida pública dos Estados Unidos, índices econômicos publicados hoje revelam que a economia americana sofre um processo de desaceleração preocupante.

Barack Obama pediu hoje aos americanos para manter a pressão sobre o Congresso.
Barack Obama pediu hoje aos americanos para manter a pressão sobre o Congresso. REUTERS/Jim Watson/Pool
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O crescimento da economia americana no segundo trimestre de 2011 foi bem mais lento do que os analistas esperavam. A expansão foi de apenas 1,3% contra 1,8% de projeção antecipada. Os números do primeiro trimestre também foram revistos para baixo: em vez de crescer 1,9% nos três primeiros meses do ano, como fora anunciado, o PIB americano teve uma expansão de apenas 0,4%, o que representa um período de estagnação econômica.

A atividade econômica na região de Chicago, divulgada hoje, recuou em julho a 58,8 contra 61,1 em junho. Esse índice, que esteve particularmente elevado de fevereiro a abril, está no limite entre a contração e a expansão econômica.

Esses índices "anêmicos" contrastam com as expectativas do banco central americano (FED), que iniciou o ano apostando num crescimento do PIB superior aos 3% de 2010. Para a empresa de consultoria RDQ Economics, são índices muito fracos, apontando para um crescimento inferior a 1% no primeiro semestre. Nesse ritmo uma retomada no segundo semestre é improvável, avalia a consultoria Moody's Analytics.

A desaceleração econômica se deve principalmente à retração do consumo interno, que absorve 70% da produção industrial dos Estados Unidos. Os preços aumentaram nos Estados Unidos, principalmente a gasolina, enquanto os salários e empregos ficaram estagnados.

Com uma perspectiva de crescimento tão baixa, o Tesouro americano terá uma queda de arrecadação, complicando o já desequilibrado orçamento do Estado. O serviço da dívida pública absorverá cada vez mais recursos. Em resumo: a margem de manobra do governo Obama será reduzida. Se o Congresso não aumentar o teto da dívida pública, o Tesouro não terá dinheiro para honrar a totalidade de seus pagamentos.

Votação no fim de semana

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse que tomará medidas para obter um acordo com a oposição republicana no fim de semana. "Esta será provavelmente a nossa última chance de salvar o país de uma moratória a partir de 2 de agosto", disse Reid. Apesar do tom dramático, o governo do ex-presidente Bill Clinton também atravessou um bloqueio semelhante no passado. Reid vai propor a votação do plano que é defendido pela Casa Branca no domingo, antes de uma votação final na terça-feira.

Os Estados Unidos atingiram em maio o nível máximo de endividamento autorizado pelo Congresso, 14,3 trilhões de dólares. Sem autorização dos congressistas para elevar o teto da dívida, a partir de 2 de agosto o país não poderá saldar todos os seus compromissos.

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