Armas, Honduras e Irã são temas de assembleia da OEA
O controle de armas é o principal assunto a ser discutido na Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, que acontece em Lima, Peru. Mas a volta de Honduras ao organismo e o dossiê nuclear iraniano também serão temas em pauta. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, participa da reunião de chanceleres, nesta segunda-feira. O brasileiro Celso Amorim estará ausente.
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São com opiniões bastante divergentes que Brasil e Estados Unidos participam da quadragésima Assembleia Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), em Lima, no Peru, com os representantes dos 33 Estados-membros da Organização.
Pelo menos dois assuntos opõem radicalmente a diplomacia brasileira à norte-americana. O primeiro é o programa nuclear iraniano. O Brasil, que junto com a Turquia, mediou recentemente um acordo com o Irã, para intercâmbio de material de baixo teor nuclear, é contra a aplicação de novas sanções contra o regime de Teerã e defende a via do diálogo.
Já os Estados Unidos, que acreditam que Teerã esteja querendo desenvolver a bomba atômica, querem que o Conselho de Segurança das Nações Unidas vote uma resolução impondo novas sanções ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Outro tema espinhoso é Honduras. Os Estados Unidos reconheceram o governo do presidente Porfírio Lobo, eleito em novembro do ano passado, após o golpe de Estado que levou à deportação do então presidente Manuel Zelaya, e defendem a volta do país à OEA. Já o Brasil, e outros governos latino-americanos, consideram a eleição de Lobo ilegítima e exigem condições para a volta de Honduras ao organismo. Na abertura da assembleia, no domingo, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, condicionou a volta de Honduras ao fim do exílio de Zelaya, atualmente na República Dominicana.
Honduras não figura na agenda da Assembleia Geral da OEA, mas será tratada nesta segunda-feira em sessões privadas pelos chanceleres, que não querem elevar o debate ao plenário tendo em vista as divisões existentes.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chegou à capital peruana na madrugada do domingo, mas não vai se reunir com o ministro Celso Amorim, que preferiu não participar da assembleia O governo brasileiro será representado pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
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