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Filho de presidente colombiano admite que dinheiro do narcotráfico entrou na campanha

Na segunda sessão da audiência de acusação por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, o promotor do caso garantiu que Nicolás Petro Burgos reconheceu que parte do dinheiro irregular que recebeu de pessoas anteriormente ligadas ao narcotráfico ou acusadas de paramilitarismo entrou na campanha presidencial do ano passado. O presidente Gustavo Petro, que havia dito que não influenciaria o processo, nega suas supostas declarações.

Nicolas Petro, o filho mais velho do presidente colombiano, foi implicado em um escândalo de lavagem de dinheiro que lançou uma sombra sobre a campanha presidencial de seu pai (foto em março de 2023 em uma reunião pública).
Nicolas Petro, o filho mais velho do presidente colombiano, foi implicado em um escândalo de lavagem de dinheiro que lançou uma sombra sobre a campanha presidencial de seu pai (foto em março de 2023 em uma reunião pública). via REUTERS - ASAMBLEA DEL ATLANTICO
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Paula Carrillo, correspondente da RFI em Bogotá

Aconteceu o que mais se temia no partido governista da Colômbia. O promotor do caso contra Nicolás Petro Burgos e sua ex-mulher, Day Vásquez, afirmou que o dinheiro duvidoso com o qual o filho do presidente aumentou injustificadamente sua riqueza também entrou na campanha presidencial do ano passado.

"Esses recursos, com os quais o Nicolás Petro Burgos aumentou injustificadamente sua riqueza pessoal, alguns deles entraram direto em seus cofres, e outros, na campanha presidencial", explicou.

O promotor Mario Burgos fez a revelação após a cooperação prometida pelo filho do presidente durante a primeira parte da audiência contra ele por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. Burgos solicitou prisão domiciliar.

Cirurgias estéticas

Enquanto isso, o presidente colombiano Gustavo Petro reagiu: "Se isso fosse verdade, eu me demitiria hoje mesmo. Eu nunca disse a nenhum de meus filhos ou filhas para cometer crimes".

O casal Petro-Vásquez gastou esses recursos parcialmente em cirurgias estéticas, joias e propriedades luxuosas, o que ironicamente contrasta com o discurso do primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia.

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