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Caso Odebrecht: ex-presidente peruano Alejandro Toledo é extraditado dos EUA

Depois de tentar em vão atrasar sua extradição para o Peru, o ex-presidente Alejandro Toledo chegou a Lima na manhã de domingo, 23 de abril. Acusado de ter recebido milhões de dólares em propinas da empresa brasileira Odebrecht, ele agora deve cumprir 18 meses de prisão preventiva até o início do julgamento. Ele pode pegar até 20 anos de prisão.

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo chega à Lima, extraditado dos Estados Unidos (23/04/23).
O ex-presidente peruano Alejandro Toledo chega à Lima, extraditado dos Estados Unidos (23/04/23). AFP - HANDOUT
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Com o correspondente regional da RFI, Éric Samson

A viagem de volta de Alejandro Toledo foi acompanhada ao vivo pelo público e pela mídia: sua saída em cadeira de rodas de San Francisco, as mãos sob um cobertor aparentemente para esconder as algemas, a escala de quatro horas em Los Angeles e o voo escoltado para o aeroporto de Lima, onde o ex-chefe de estado foi transferido para as instalações da aviação policial.

Na sexta-feira (21), Alejandro Toledo apresentou-se a um tribunal de San José para ser preso para extradição. O ex-presidente de 77 anos esgotou todos os recursos possíveis contra essa decisão. Desde 2017, a justiça peruana está em seu encalço. Alejandro Toledo, preso em 2019 nos Estados Unidos onde residia, finalmente aterrissou no Peru. Quando chegou a Lima, desta vez estava de pé, mas novamente com as mãos escondidas.

O homem que presidiu o Peru de 2001 a 2006 é acusado de receber US$ 35 milhões em propinas do grupo de construção civil brasileiro Odebrecht, no centro de um grande escândalo na América do Sul, em troca da obtenção de contratos públicos, nomeadamente a construção da Rota Oceânica Sul, entre o Peru e o Brasil. Ele também é acusado de lavagem de dinheiro ao usar sua sogra como figura de proa.

Preso com os ex-presidentes Fujimori e Castillo

Após passar por exame médico, Alejandro Toledo foi entregue à promotoria e agora deve cumprir 18 meses de prisão preventiva no presídio de Barbadillo, no distrito de Ate, zona leste de Lima. No estabelecimento também estão presos dois ex-presidentes: Alberto Fujimori (de 1990 a 2000) e Pedro Castillo (de 2021 a 2022). Toledo pode ser condenado a até 20 anos de prisão.

Alegando sofrer de câncer, o ex-chefe de Estado pediu para beneficiar de uma medida de prisão domiciliária, que ainda não foi apreciada pelos tribunais. Ele também quer recuperar a fiança de US$ 1 milhão paga em 2020 às autoridades judiciais americanas como fiança.

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