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Furacão Ian ameaça a Flórida depois de deixar Cuba sem eletricidade

O furacão Ian passou pelo oeste de Cuba na terça-feira (27) sem causar vítimas, mas deixando para trás inúmeras cenas de destruição, antes de seguir para a Flórida, nos Estados Unidos, onde residentes e autoridades estão em alerta para um fenômeno natural "extremamente perigoso".

Danos causados pelo furacão Ian em Pinar del Rio, Cuba, em 27 de setembro de 2022.
Danos causados pelo furacão Ian em Pinar del Rio, Cuba, em 27 de setembro de 2022. REUTERS - ALEXANDRE MENEGHINI
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O furacão Ian, que chegou nas primeiras horas da manhã (hora local) na província de Pinar del Rio, no oeste de Cuba, e passou na terça-feira (27) à tarde, a 375 quilômetros de Sarasota, na Flórida, movendo-se com ventos constantes de 195 km/h.

Até o momento não foram relatadas vítimas, segundo as autoridades cubanas, mas os ventos fortes e as chuvas fortes persistiram na parte ocidental da ilha, onde o furacão deixou várias comunidades em desespero.

Na estrada para San Juan y Martinez, a 190 km de Havana, a província de Pinar del Rio, onde se encontra a maior parte das plantações de tabaco do país, foi duramente atingida. As culturas foram inundadas, as árvores arrancadas e os fios elétricos ficaram expostos.

A operadora nacional de eletricidade Union Eléctrica também declarou um corte geral de energia elétrica em toda a ilha.

O estado norte-americano da Flórida está a apenas uma curta distância no caminho do furacão. O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) advertiu que o furacão de categoria 3 se aproximava da costa oeste da Flórida como um "furacão intenso e extremamente perigoso". 

"É uma grande tempestade", declarou nesta quarta-feira (28) o governador da Flórida Ron DeSantis durante uma coletiva com a imprensa. Ele advertiu que Ian poderia chegar nos Estados Unidos como furacão de categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson que mede a força deste fenômeno metereológico. 

Estado de emergência na Flórida

Nos jardins públicos de Miami, visitados pelo correspondente da RFI, David Thomson, a prefeitura deixou montes de areia à mão, para que os habitantes possam encher sacos para se proteger das enchentes que provavelmente acompanharão Ian.

Sem camisa e com sua pá, Aron, na casa dos 30 anos, enche freneticamente diversos sacos. O grande furacão ainda não chegou, mas está chovendo continuamente há dois dias e a água já está subindo em frente à sua casa, na praia. "Minha entrada está começando a ser inundada, por isso estou tentando manter a água fora da minha garagem", disse à RFI.

Ao lado dele, Freddie também vem encher sacos de areia, mas para sua avó. "Ela está ficando preocupada porque a rota do furacão é incerta. Quando eu me ofereci para ajudá-la ontem, ela disse que não. E hoje ela mudou de idéia! O furacão está se deslocando um pouco para o leste, por isso vai ser pior do que o esperado aqui", declarou.

Freddie tem idade suficiente para se lembrar do Furacão Andrew, que devastou Miami em 1992, então leva a ameaça a sério. "O furacão Andrew destruiu o sul de Miami. Foi um furacão de Categoria 5. Vai ter muita água, muitas enchentes, só espero que os telhados não explodam".

O estado de emergência foi declarado em toda a Flórida e as autoridades aceleram os preparativos. E o conselho do governador da Flórida é simples: "não entre em pânico, mas prepare-se o máximo possível".

"Em algumas áreas, haverá inundações catastróficas e tempestades mortais", advertiu Ron DeSantis. Ele pediu aos residentes que se abastecessem e se preparassem para apagões, enquanto mobilizava 7.000 membros da Guarda Nacional.

O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou uma ajuda federal de emergência para 24 dos 67 condados da Flórida.

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