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Canadá avalia perdas com furacão Fiona; Cuba e Flórida se preparam para enfrentar tempestade Ian

As autoridades do Canadá buscam estabelecer neste domingo (25) um balanço das perdas materiais e humanas após a passagem do furacão Fiona pela costa leste do país. A Flórida (EUA) e Cuba se preparam para a chegada da tempestade Ian, que deve se fortalecer nos próximos dias.

O furacão Fiona provocou alta do nível do mar no leste do Canadá; a força das ondas fissurou uma área de estacionamento na localidade de Covehead.
O furacão Fiona provocou alta do nível do mar no leste do Canadá; a força das ondas fissurou uma área de estacionamento na localidade de Covehead. AP - Brian McInnis
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Fiona, agora uma tempestade pós-tropical, assolou a costa atlântica do Canadá no sábado (24). Uma mulher está desaparecida após a passagem do furacão, e cerca de 300.000 casas ainda estavam sem energia na manhã de domingo. "Foi uma tempestade inacreditável (...), a mais danosa que já vimos", disse Tim Houston, primeiro-ministro da Nova Escócia, uma das províncias mais atingidas pelo fenômeno metereológico.

A televisão canadense exibe longas filas em um posto de gasolina perto da cidade de Sydney, na mesma província. Moradores aguardavam para comprar combustível, a fim de alimentar seus geradores de energia. Entretanto, a operadora local de eletricidade alertou que algumas casas ficarão sem luz "por vários dias".

A tempestade se deslocou para o norte no domingo, à medida que enfraquecia, com ventos de 80 km/h. De acordo com o Centro Canadense de Furacões, "estes ventos diminuirão mais tarde" e as diversas advertências dos serviços de meteorologia foram suspensas.

Uma mulher continua desaparecida, depois de ter sido levada por uma enxurrada na localidade de Channel-Port-aux-Basques, na província de Terra Nova, relatou o prefeito Brian Button. Nesta cidade, ao menos 20 casas foram destruídas e a maioria dos 200 moradores evacuados não poderão retornar a suas residências no domingo.

"Precisamos dar um tempo para nós mesmos. Não é possível retornar à normalidade em um dia", pediu o prefeito em uma live no Facebook, falando a moradores impacientes para voltar para casa. As ondas que invadiram a cidade deixaram para trás pilhas de escombros e barreiras de metal deformadas pela violência dos ventos e da maré. 

No camping Sandy Beach, em Cap-Pelé, Fiona danificou várias casas móveis, apenas três anos após a passagem do furacão Dorian, que também causou estragos na região. 

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que cancelou sua participação no funeral de Shinzo Abe no Japão para acompanhar a situação de perto, anunciou no Twitter, no sábado, que as autoridades federais estão prontas "para fornecer recursos adicionais às províncias".

"Estou pensando em todos os afetados pelo furacão Fiona. Saibam que estamos com vocês", tuitou Trudeau.

Fiona também matou pelo menos sete pessoas na semana passada, incluindo quatro em Porto Rico, duas na República Dominicana e uma em Guadalupe, ilha francesa do Caribe.

Ian a caminho

Neste domingo, moradores de Cuba, Jamaica e da Flórida (Estados Unidos) aguardam a chegada da tempestade tropical Ian, que deverá se fortalecer nos próximos dias até se transformar em um furacão, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). O órgão emitiu um boletim prevendo "impactos significativos" no oeste de Cuba. 

A Nasa cancelou o lançamento programado para terça-feira (27) da missão não tripulada à Lua Artemis 1, devido à tempestade tropical, que deve se fortalecer à medida que se aproxima da Flórida. 

O presidente americano, Joe Biden, decretou "estado de emergência" no estado do sul, de forma antecipada, para facilitar a liberação da ajuda federal. Biden também cancelou um comício de campanha das eleições de meio de mandato, que tinha previsto na Flórida na terça-feira. 

O governador republicano Ron DeSantis também ativou o "estado de emergência" em nível estadual. Em mensagem publicada no Twitter, ele aconselhou os moradores a "tomar precauções", acrescentando que Ian poderia atingir a costa da Flórida, no Golfo do México, no meio da semana. 

Com informações da AFP

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