Washington Post diz que FBI procurava por documentos sobre arsenal nuclear na casa de Trump
Diante das críticas, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, anunciou em uma entrevista coletiva especial na quinta-feira (11) que havia aprovado pessoalmente o pedido de mandado de busca feito pelos investigadores. O promotor também confirmou que este procedimento, que deixou os partidários pró-Trump fora de si, dizia respeito a documentos secretos, mas sem dar mais detalhes. O Washington Post sugere, nesta sexta-feira (12), que se tratava de documentos relacionados ao arsenal nuclear americano.
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O Washington Post, citando fontes anônimas próximas à investigação, relata que entre os itens procurados pelos agentes do FBI estavam alguns relacionados a armas nucleares. Mas não se sabe se os documentos pertencem aos Estados Unidos ou a outro país, nem se os investigadores encontraram e retiraram os documentos durante a busca.
Este tipo de informação é obviamente muito sensível. De acordo com antigos altos funcionários da inteligência, alguns destes assuntos, por exemplo, referentes ao Irã, foram "maltratados" regularmente sob o comando de Donald Trump.
Mandado de busca tornado público a pedido da Justiça
Documentos altamente secretos às vezes acabavam nas mãos de pessoas que não estavam autorizadas a lê-los, sob a era Trump. De qualquer forma, o procurador-geral Merrick Garland pediu a um juiz da Flórida que acabasse com a confidencialidade do mandado de busca na casa do ex-chefe de Estado, por causa do interesse público no caso.
O documento normalmente indica o que os agentes estavam procurando em Mar-a-Lago [a casa de Trump], o que eles tomaram e a que possíveis crimes os documentos poderiam estar ligados.
Braço de ferro
Donald Trump, que tem uma cópia do documento mas não fez nada com ele até o momento, ainda pode objetar à sua divulgação nas próximas horas. Mesmo que o ex-presidente já tenha assegurado que, ao contrário, ele encoraja a publicação do documento.
O The New York Times relata que o FBI estava procurando documentos com a mais alta classificação de segurança nacional, a "Special Access Programs", que freqüentemente protegem as operações especiais dos EUA no exterior.
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