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Congresso dos EUA aprova novo plano bilionário contra efeitos econômicos da pandemia

O pacote de ajuda de US$ 900 bilhões era considerado indispensável para relançar a economia da primeira potência mundial. O plano aprovado nessa segunda-feira (21) pelo Congresso americano vai apoiar famílias e empresas afetadas pela pandemia de Covid-19.

O Congresso americano aprovou nessa segunda-feira, 21 de dezembro de 2020, o pacote de ajuda de US$ 900 bilhões para relançar a economia do país.
O Congresso americano aprovou nessa segunda-feira, 21 de dezembro de 2020, o pacote de ajuda de US$ 900 bilhões para relançar a economia do país. NICHOLAS KAMM / AFP
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Depois de sua aprovação pela Câmara e pelo Senado na última noite, o pacote deve agora ser ratificado por Donald Trump. Nas primeiras horas desta terça-feira (22), o presidente americano assinou uma lei temporária para garantir o financiamento do governo federal até 28 de dezembro.    

"A população americana tem a garantia que uma ajuda suplementar vai chegar imediatamente", tuítou o líder republicano no Senado, Mitch McConnel. Antes do voto, o chefe da minoria democrata da casa, o senador Chuck Schumer, estimou que o plano era "urgente e de sobrevivência". O pacote é insuficiente e incompleto e a administração Biden deverá "preencher as lacunas" em janeiro, acrescentou, referindo-se ao governo do presidente eleito que tomará posse em 20 de janeiro. No entanto, "não se deve subestimar a importância deste pacote" de medidas que é "o segundo mais importante da história" dos Estados Unidos, afirmou Schumer.

Após meses de bloqueio nas negociações, democratas e republicanos anunciaram no domingo (20) que chegaram finalmente a um acordo inicial sobre o plano de ajuda que inclui cheques para as famílias mais atingidas pela crise, ajuda para pequenas empresas e escolas, além de parcelas suplementares de seguro-desemprego de US$ 300 por semana e subsídios para uma distribuição equitativa de vacinas contra o coronavírus.

Cheques a partir da próxima semana

Antecipando a votação no Congresso, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, anunciou nessa segunda-feira que cheques de US$ 600 por adulto e por criança para famílias mais vulneráveis começarão a ser enviados do início da próxima semana. Em entrevista à rede CNBC, ele comemorou a ajuda que chega "a tempo para as festas" de fim do ano. "Essa é uma forma de injetar rapidamente dinheiro na economia", comentou o ministro do governo Trump.

Os auxílios diretos sustentam o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico. Para famílias com maiores dificuldades, o dinheiro deve ajudar a pagar os aluguéis.

"Podemos terminar o ano em uma rara nota otimista", ressaltou o senador democrata Chuck Schumer. Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia que continua causando estragos. O número de desempregados não para de aumentar.

A primeira economia do mundo entrou em profunda recessão no primeiro semestre de 2020, a pior desde a década de 1930, devido à paralisação da atividade para combater o surto do novo coronavírus.

A retomada sustentada durante o verão no hemisfério norte (inverno no Brasil) trouxe algum otimismo antes que a segunda grande onda da pandemia interrompesse a criação de empregos e a atividade no segundo semestre.

Evitar o aumento da pobreza

"Como disse o presidente eleito Joe Biden, é um primeiro passo e devemos fazer mais", declarou a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes. Ela ressaltou particularmente a necessidade de obter mais ajuda para a compra de vacinas.

O novo pacote econômico inclui assistência habitacional para evitar despejos e deve impedir que milhões de pessoas caiam na pobreza. O primeiro plano, que atingiu a gigantesca quantia de US$ 2,2 trilhões, foi votado com urgência no final de março, em plena eclosão da pandemia de Covid-19. O pacote previa um seguro-desemprego de US$ 600 por semana e o envio de um cheque de US$ 1,2 mil dólares por adulto.

Desde o verão, democratas e republicanos estavam em um impasse sobre o valor total do novo plano de emergência. A oposição ao presidente Trump exigia um pacote equivalente ao de março, mas os partidários do atual governo buscavam limitá-lo a no máximo US$ 1 trilhão. Os democratas também queriam que cheques equivalentes ao do primeiro semestre fossem enviados, mas finalmente as famílias vão receber agora metade do valor.

O novo plano inclui, como o anterior, apoio empresarial e um programa de crédito às pequenas empresas que correm o risco de falir. O presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell, já havia alertado na semana passada que muitas pequenas e médias empresas podem fechar, caso não recebessem novos auxílios.

Cerca de US$ 16 bilhões serão destinados para salvar dezenas de milhares de empregos em companhias aéreas e empresas terceirizadas do setor, considerado essencial para a recuperação econômica dos Estados Unidos.

(Com AFP)

 

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