Quartel é atacado na Colômbia e suspeita recai sobre o ELN
Uma base da Força Aérea Colombiana (FAC) foi atacada nesta sexta-feira (10) no nordeste do país por supostos rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) com projéteis artesanais lançados remotamente, ferindo uma oficial, segundo as autoridades.
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O ataque foi dirigido ao Grupo Aéreo Casanare da FAC, localizado na cidade de Yopal, a cerca de 200 km de Bogotá, informou o comandante da instituição, general Ramsés Rueda.
A unidade militar fica dentro do aeroporto que serve a capital do departamento de Casanare, sob a influência do ELN, o último grupo guerrilheiro ativo do país.
"As evidências apontam para o ELN. É um ataque covarde, é uma reação à pressão que o governo vem exercendo", disse o presidente Iván Duque.
Ferimentos
Por sua vez, o general Rueda afirma que os projéteis foram lançados de um caminhão estacionado a cerca de 800 metros da base. “Foi feita uma tentativa de lançar 25 artefatos, dos quais três caíram na unidade militar", disse.
"Um dos projéteis explodiu muito perto de um dos quartéis onde os militares descansavam, o que causou ferimentos a uma militar”, acrescentou ele em declarações à imprensa. A militar foi ferida por destroços, foi operada e está "fora de perigo".
A Força Aérea relatou danos ao alojamento, mas nenhum avião ou armamento foi afetado.
Um ano após ataque com carro-bomba
O ataque à base militar aérea ocorreu um ano após o ataque letal do ELN com um carro-bomba contra uma escola de cadetes em Bogotá.
Os rebeldes guevaristas assumiram a autoria desta ação em que 22 cadetes morreram, além do agressor. Como resposta, o presidente Duque interrompeu as negociações de paz realizadas com esse grupo pelo seu antecessor Juan Manuel Santos, vencedor do Prêmio Nobel da Paz.
Reconhecido como o último grupo guerrilheiro ativo após o acordo de paz de 2016 - que desarmou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) -, o ELN tem cerca de 2.300 combatentes e uma extensa rede de apoio em pontos urbanos.
Surgida em 1964, a organização armada opera em 10% dos 1.100 municípios colombianos, segundo uma pesquisa independente.
(Com informações da AFP)
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