Odebrecht: Rafael Correa será julgado à revelia no Equador por corrupção passiva
O ex-presidente Rafael Correa será julgado à revelia no Equador sob a acusação de ter recebido dinheiro ilegal da construtora brasileira Odebrecht para financiar sua campanha eleitoral em 2013.
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Correa será julgado à revelia por corrupção passiva, um crime imprescritível no Equador, já que vive na Bélgica desde que deixou o cargo.
Segundo a acusação, Correa recebeu cerca de U$S 8 milhões de empresas, entre elas a Odebrecht, para financiar a campanha das presidenciais de 2013, em troca de concessões de obras.
A decisão de julgar Correa foi adotada nesta sexta-feira (3) pela juíza Daniella Camacho, da Corte Nacional de Justiça (CNJ), e envolve outras 20 pessoas, incluindo ex-funcionários do governo e empresários.
Ex-vice-presidente
Camacho também decidiu pelo julgamento do ex-vice-presidente Jorge Glas, que já cumpre pena de seis anos por receber subornos de U$S 13,5 milhões da Odebrecht.
Uma condenação acabaria com a carreira política de Correa, já que a Constituição equatoriana impede a candidatura de qualquer sentenciado por corrupção, enriquecimento ilícito ou peculado.
Horas antes da decisão, Correa escreveu no Twitter: "Certamente nos levarão a julgamento por 'subornos'. É uma questão de tempo. Venceremos!". Após a notícia, Correa qualificou a decisão de "palhaçada".
O ex-presidente socialista, que vive com a família na Bélgica, terra de sua mulher, acusou a juíza Camacho de agir exclusivamente "para impedir que apareça na cédula (eleitoral) em 2021".
(Com informações da AFP)
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