UE e NATO analisam possibilidade de intervenção militar na Líbia
Imposição de uma zona de exclusão aérea, bloqueio marítimo à entrada de armas e criação de um corredor para fornecer ajuda humanitária à Líbia em análise em Bruxelas.
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países da União Europeia e os ministros da Defesa da NATO, reúnem-se nesta quinta-feira (10/03/2011) em Bruxelas, para definir uma estratégia comum para a Líbia.
Deverão ser também adoptadas medidas mais coercitivas e novas sanções, designadamente no que diz respeito ao Banco Central e ao fundo soberano líbio que gere as receitas do petróleo e gás.
Mas a comunidade internacional continua dividida quanto à possibilidade de imposição de uma zona de exclusão aérea, pois como referiu o secretário norte americano da Defesa Robert Gates, tal implicaria uma intervenção militar contra as tropas de Kadhafi.
A França e a Grã-Bretanha defendem esta exclusão aérea e pretendem apresentar uma resolução neste sentido no Conselho de Segurança da ONU, mas os Estados Unidos, a China, que preside actualmente este orgão da ONU e a Rússia, que dispõem de direito de veto hesitam, tal como a África do Sul e a Índia.
Os paises da Liga Árabe reúnem-se no próximo sábado no Cairo para debater esta questão, à qual em princípio não são hostis, tal como a Organização da Conferência Islâmica.
Entretanto Muammar Kadhafi lançou uma forte ofensiva diplomática e enviou nesta quarta-feira (9/03/2011) emissários ao Egipto, à ilha de Malta e a Portugal, membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, mas que preside o comité das Nações Unidas para as sanções à Líbia.
Miguel Monjardino, especialista em geoestratégia na Universidade Católica de Lisboa, entrevistado por Liliana Henriques
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