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Futuro secretário do Trabalho do governo Trump renuncia em meio a escândalos

Indicado pelo presidente americano Donald Trump para ser o próximo secretário do Trabalho, o empresário Andrew Puder, anunciou sua desistência ao cargo nesta quarta-feira (15), de acordo com uma declaração divulgada pela imprensa local.

Trabalhadores da rede de restaurantes de Andrew Puzder protestam contra sua indicação à pasta do Trabalho no governo americano na Califórnia, em 13 de fevereiro de 2017.
Trabalhadores da rede de restaurantes de Andrew Puzder protestam contra sua indicação à pasta do Trabalho no governo americano na Califórnia, em 13 de fevereiro de 2017. REUTERS/Mike Blake
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"Retiro a minha candidatura para o posto de secretário do Trabalho", disse Andrew Puzder em um comunicado a vários meios de comunicação. "Embora eu não possa servir na administração, apoio completamente o presidente e sua equipe de alta qualidade”, declarou Puzder.

Andrew Puzder é o segundo membro do futuro governo Trump a se retirar desta maneira, uma humilhação para o presidente republicano que ainda não possui sua equipe de governo completa, devido à obstrução sem precedentes da oposição democrata no Senado, responsável por aprovar cada nomeação. "Andy Puzder tomou a decisão certa em se retirar", afirmou o senador republicano Marco Rubio.

A primeira renúncia na equipe de Trump foi a do general da reserva Michael Flynn, que renunciou nesta segunda-feira (13) ao cargo de secretário da Segurança Nacional do presidente americano. O motivo foi a crise provocada pela polêmica conversa, em dezembro, entre Flynn e o embaixador russo em Washington, Serguei Kislyak, anunciou a Casa Branca.

A confirmação de Puzder era considerada praticamente impossível pelo Senado americano, já que até congressistas do Partido Republicano tinham dúvidas sobre sua candidatura. O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, confirmou para a imprensa que Puzder "se retirou". Para ser confirmado no cargo, Andrew Puzder precisaria de pelo menos 51 votos dos 100 senadores. No entanto, muitos dos 52 senadores republicanos pararam de apoiá-lo e os senadores democratas haviam prometido votar contra sua candidatura.

Recentemente, Puzder admitiu ter contratado ilegalmente uma empregada negra por vários anos. Em seguida, houve também a questão de seu divórcio, em 1987, por causa de acusações de violência doméstica feitas por sua ex-esposa. As recentes revelações recentes dissuadiram muitos republicanos de apoiá-lo. A minoria democrata se opôs desde o início à sua candidatura por causa de sua relação ambígua com direitos trabalhistas enquanto diretor de empresas, e a forma como ele administrou suas redes de restaurantes Carl’s Jr. e Hardee’s.

"Nós não queremos um secretário do Trabalho que ganhe milhões, enquanto os empregados ganham apenas o suficiente para comer", afirmou o senador Bernie Sanders.

 

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