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EUA/eutanásia

Jovem americana vítima de câncer executa suicídio assistido nos EUA

Uma americana de 29 anos vítima de um câncer em fase terminal realizou um suicídio assistido neste fim de semana, no estado de Oregon, nos Estados Unidos. Brittany Maynard divulgou um vídeo há algumas semanas explicando porque ela decidiu recorrer à eutanásia para colocar fim a seus dias, lançando um grande debate sobre o tema nos Estados Unidos.

A norte-americana de 29 anos, Brittany Maynard, faleceu sábado 01de novembro.
A norte-americana de 29 anos, Brittany Maynard, faleceu sábado 01de novembro. Reprodução thebrittanyfund.org
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Brittany Maynard sofria de um câncer agressivo e não tinha chances de cura. Ao receber o diagnóstico, ela publicou um vídeo explicando sua escolha. As imagens tiveram mais de 9,5 milhões de visualizações no site You Tube nesta segunda-feira. A jovem também criou uma plataforma que recolhe fundos para pacientes que optam pelo suícidio assistido.

Antes de morrer, Brittany também deixou uma mensagem em sua página no Facebook. “Adeus a todos meus amigos e à família que amo. Hoje é o dia que escolhi para morrer com dignidade levando em conta minha doença em estado terminal, esse câncer terrível que me tirou tudo...mas teria levado ainda mais”, diz o texto, compartilhados milhões de vezes nas redes sociais.

Jovem morre em casa, cercada de amigos

Segundo o porta-voz da associação Compassion and Choices, Sean Crowley, que defende o acesso à eutanásia para preservar a dignidade dos doentes, a jovem americana morreu tranquilamente em sua casa, no sábado, cercada de amigos, parentes e ao lado de seu marido, Daniel Diaz, com quem se casou em 2012.

“Brittany morreu, mas seu amor pela vida e pela natureza, sua paixão e seu espírito sobrevivem”, disse Barbara Lee Combs, presidente da associação. No início de 2014, a jovem descobriu que teria apenas mais seis meses de vida e que os últimos dias seriam dolorosos. Para poder realizar o suicídio assistido, ela mudou da Califórnia para Oregon, um dos cinco estados americanos que legalizam a prática. Os outros são Montana, Vermont, Washington e Novo México.

Um médico prescreveu medicamentos para que ela pudesse morrer como desejava, em seu quarto, cercada pelas pessoas mais próximas. Mas antes de executar o ato, ela realizou uma lista de desejos e viagens ao lado da família e amigos e inclusive visitou o Grand Canyon com sua família. Antes da doença, Brittany era uma aventureira que viajou para vários países. Sua história emocionou o mundo e na semana passada ilustrou a capa da revista americana People.

 

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