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“Lisboa é uma ‘cidade resort’”, afirma membro de associação turística

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Portugal está na moda. O país tem se destacado em várias áreas e ganhado cada vez mais força no cenário internacional. Em 2016, a nação portuguesa venceu o Campeonato Europeu de Futebol e seu maior astro, Cristiano Ronaldo, mantém o título de melhor jogador do mundo. Em 2017 foi a vez do jovem cantor Salvador Sobral brilhar no Festival Eurovisão da Canção. Para fechar com chave de ouro, o português Antonio Guterres foi eleito secretário-geral da ONU.

Vitor Carriço, da Associação Turismo de Lisboa
Vitor Carriço, da Associação Turismo de Lisboa Associação Turismo de Lisboa
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A RFI conversou com Vitor Carriço, da associação Turismo de Lisboa, para entender melhor o crescimento do interesse mundial pela cidade, que acaba de ganhar o prêmio de “Melhor destinação no mundo para viagens curtas”.

Para Vitor Carriço, a explicação está no fato de Lisboa ser uma cidade segura, dotada de um grande contato humano e privilegiada pelo sol quase o ano todo. “É uma cidade única, com uma luz maravilhosa e especial, uma história imensa. É uma das cidades mais antigas do mundo, décima nona em termos de antiguidade. Temos uma gastronomia maravilhosa, toda a costa portuguesa é reconhecida por ter o melhor peixe do mundo. Tudo isso faz com que Lisboa seja a única capital que pode ser considerada um ‘resort’”.

Novo “velho mundo”

Lisboa recebe turistas do mundo todo, com destaque para os americanos e brasileiros, mas seus principais visitantes vêm da própria Europa, que redescobrem, pouco a pouco, a capital portuguesa. Eles são, em sua maioria, da Espanha, Alemanha, Reino Unido, Escandinávia e Holanda.

Uma das possíveis razões para uma demora na “descoberta” de Lisboa por seus vizinhos europeus é a distância e a falta de visibilidade. “Lisboa está mais afastada do centro da Europa, diferentemente de Paris, Berlim e Londres e, se calhar, não éramos tão conhecidos. Essa mudança é resultado do trabalho que temos feito junto à imprensa para mostrar estas qualidades que temos, que muitas pessoas desconheciam, mas que quando chegam à Lisboa ficam boquiabertos com o manancial que temos para oferecer”.

Além de toda a beleza exterior, com a enorme Praça do Comércio de frente para o Tejo, a ponte 25 de Abril e os inúmeros mirantes com belos pontos de vista para assistir ao pôr-do-sol, Lisboa conta com 58 museus. Entre eles está a fundação Calouste Gulbenkian, um dos 7 melhores museus de pequena escala no mundo, que contém uma impressionante coleção de arte do século XIX e egípcia. “Lisboa está exposta para o público”, afirma Vitor Carriço.

Mistura como identidade

Dentro desse contexto, o risco de “gentrificação” de bairros tradicionais ronda a cidade, como ocorreu com outras capitais como Nova York ou Paris. Mas Vitor Carriço permanece otimista face ao desafio que Lisboa deve enfrentar nos próximos anos.

“Os portugueses em geral, e os lisboetas em particular, têm essa capacidade de se misturar com outros povos. Nossa identidade parte um pouco daí. Nós somos o resultado de uma miscelânea de povos e de cultura, portanto não acho que há esse problema. Obviamente há mais espaços sendo alugados por turistas, mas não creio que seja um problema para a cidade esse número de turistas, pois conseguimos equilibrar de forma razoável”, reflete.

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