Líbano: líder do Hezbollah alerta para o risco de guerra civil
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou nesta sexta-feira (25) que o movimento de protesto popular de nove dias no Líbano não é mais espontâneo, mas manipulado para servir às agendas políticas regionais e internacionais.
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Paul Khalifeh, correspondente da RFI em Beirute
Após uma longa análise das razões dos protestos e de sua provável evolução, Hassan Nasrallah pronunciou seu veredicto: o movimento não é mais espontâneo, foi recuperado pelas forças políticas para servir às agendas regionais e internacionais.
Ao oferecer aos manifestantes um roteiro baseado no diálogo com o presidente Michel Aoun sobre questões sociais e econômicas, o líder do Hezbollah se opôs à mudança do governo e ao colapso do regime. Esse caminho provocará, segundo ele, um vácuo no nível de poder que inevitavelmente levará ao caos.
Guerra Civil
Hassan Nasrallah expressou seu medo de um plano de mergulhar o Líbano na guerra civil para enfraquecer o Hezbollah, questionando a origem dos fundos usados para financiar o movimento de protesto.
Ele alegou ter uma lista de nomes daqueles que apóiam financeiramente as manifestações, garantindo que eles são tão corruptos quanto aqueles que os libaneses reivindicam a queda.
O discurso televisionado de Nasrallah foi precedido por violentos confrontos no centro de Beirute entre partidários e oponentes do Hezbollah.
Após o final do discurso de Hassan Nasrallah, milhares de seus apoiadores e os do presidente da República tomaram as ruas de Beirute e outras cidades do país.
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