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Egito/Protestos

Polícia do Egito detém dezenas de pessoas após manifestação contra presidente Al-Sissi

Apesar da proibição de manifestar no país, centenas de pessoas protestaram nas ruas do Egito na noite dessa sexta-feira (20) contra o presidente Al-Sissi. As manifestações inéditas foram rapidamente controladas e dispersadas pela polícia que prendeu dezenas de pessoas.

Manifestantes protestam no Cairo contra o presidente Al-Siisi na sexta-feira, 20 de setembro de 2019.
Manifestantes protestam no Cairo contra o presidente Al-Siisi na sexta-feira, 20 de setembro de 2019. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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As manifestações são proibidas no Egito desde o golpe militar de 2013, que destituiu o presidente islâmico Mohamed Morsi e levou Abdel Fattah Al-Sissi ao poder. Ignorado a interdição e o estado de emergência ainda em vigor, centenas de manifestantes saíram às ruas, principalmente no Cairo, para pedir a renúncia do presidente.

Policiais à paisana patrulhavam as ruas da capital do país e a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação na Praça Tahrir, centro da mobilização que em 2011 derrubou o longo governo de Hosni Mubarak.

Ao menos 74 pessoas foram detidas, informaram fontes das forças de segurança. Apesar da forte operação policial, os manifestantes conseguiram postar nas redes sociais vídeos dos protestos na praça Tahrir, com os cartazes e gritos de "fora Sissi". Os manifestantes também ocuparam as ruas de Alexandria, Al Mahalla, Damietta e Suez.

Empresário egípcio

Os protestos foram convocados pelas redes sociais e são atribuídos à crescente influência do empresário egípcio Mohamed Ali. Exilado na Espanha, ele acusa o presidente Sissi e seu regime militar de mergulhar o Egito na corrupção.

Os vídeos do empresário do setor da construção viralizaram no país. Em sua última mensagem, publicada na manhã dessa sexta-feira, Ali convocou os egípcios a ocupar as ruas após a partida entre Al Ahly e Zamalek, pela Super Copa local.

Na semana passada, o presidente egípcio negou as acusações em uma entrevista, durante a qual afirmou que é "honesto e leal" a seu povo e ao exército.

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