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Irã/Estados Unidos

Irã ameaça transformar em “campo de batalha” países que o atacarem

O chefe dos Guardiães da Revolução iraniano advertiu na manhã deste sábado (21) que o país que atacar o Irã terá seu “território transformado em um campo de batalha”. O general Hossein Salami fez a ameaça no dia seguinte que os Estados Unidos decidiram enviar ao Golfo reforços militares, após os ataques contra instalações de petróleo sauditas atribuídos ao Irã.

O chefe dos Guardiães da Revolução do Irã, general Hossein Salami.
O chefe dos Guardiães da Revolução do Irã, general Hossein Salami. ATTA KENARE / AFP
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O secretário de Defesa americano, Mark Esper, anunciou que as tropas suplementares serão enviadas a pedido da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos. "Em resposta a um pedido do reino, o presidente aprovou o envio de forças americanas, que vão atuar de forma defensiva", disse Esper em entrevista coletiva.

O Pentágono não detalhou o contingente que será enviado, mas o qualificou de "moderado". "Para impedir uma escalada futura, a Arábia Saudita pediu apoio internacional para proteger infraestruturas críticas do reino. Os Emirados também pediram assistência", disse Esper.

Novas sanções

Os Estados Unidos também decidiram impor ontem novas sanções contra o Irã, qualificando-as como "as maiores" já impostas a um país. O departamento americano do Tesouro informou que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac) tomou medidas contra o Banco Central do Irã e contra o Fundo Nacional de Desenvolvimento do Irã.

No dia 14 de setembro, o campo petroleiro de Jurais, no leste da Arábia Saudita, sofreu quatro ataques, que foram reivindicados pelos rebeldes huthis do Iêmen, mas Riad e Washington afirmam que a ação partiu do Irã.

Irã multiplica advertências

O Irã nega estar por trás dos bombardeios reivindicados pelos rebeldes huthis e multiplica advertências sobre eventuais ataques militares a seu território.

“Quem quiser que sua terra se transforme no principal campo de batalha (deste conflito) que agrida o Irã”, declarou durante coletiva de imprensa, em Teerã, o chefe dos Guardiães da Revolução. O general garantiu que a República Islâmica “não permitirá jamais que uma guerra tome o Irã”. O general Salame disse esperar que os Estados Unidos não cometam «erros estratégicos» como no passado

Gesto pela paz

Os huthis, um grupo xiita apoiado por Teerã, é combatido por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita. Riad defende o governo iemenita na guerra civil do Iêmen.

Nesta sexta-feira, o presidente do Conselho político dos huthis, Mehdi Machat, anunciou surpreendeu e anunciou o fim de “todos os ataques contra a Arábia Saudita. O gesto surpresa visa estabelecer a paz. Os huthis esperam que Riad reaja propondo “negociações sérias” visando superar o conflito.

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