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Hong Kong/reforma

Em Berlim, líder ativista de Hong Kong pede reforma eleitoral na ex-colônia britânica

As manifestações pró-democracia de Hong Kong foram canceladas nesta quarta-feira (11) em respeito às vítimas dos atentados do 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos. Em Berlim, o jovem ativista Joshua Wong pede reforma eleitoral na ex-colônia britânica.

O ativista Joshua Wong antes de começar uma coletiva de imprensa em Berlim.
O ativista Joshua Wong antes de começar uma coletiva de imprensa em Berlim. MICHELE TANTUSSI / AFP
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Com a pausa nos protestos que vêm sacudindo o território há três meses, militantes também têm o objetivo de contestar as acusações, por parte do governo da China, de que estariam preparando um atentado para hoje.

Um jornal chinês, o China Daily, chegou a publicar em sua página no Facebook que manifestantes estavam planejando a explosão das canalizações de gás em Hong Kong. O posto aparece ao lado de uma foto do World Trade Center e diz que se apoia em vazamento de informações de fóruns de discussões dos militantes na internet.

Em comunicado, o movimento pró-democracia respondeu que as afirmações divulgadas pela mídia chinesa são falsas. Para expressar sua solidaridade a todas as vítimas do terrorismo, os ativistas também anunciam o cancelamento dos protestos nesta quarta-feira, mas prometem dar sequência a mobilização.

Jovem ativista pede apoio em Berlim

Paralelamente, em Berlim, Joshua Wong, um dos líderes do movimento de Hong Kong, lembrou que os militantes não têm nenhuma intenção separatista, mas que reivindicam o voto direto para eleger seus líderes. Wong, 22 anos, também pede que a comunidade internacional pressione Pequim para que as exigências dos militantes sejam atendidas.

“Hong Kong é a nova Berlim”, disse, fazendo alusão ao passado da capital alemã, onde manifestantes derrubaram o muro que separava o leste comunista do oeste democrático.

Reforma eleitoral

O jovem ativista afirmou também que o centro financeiro da Ásia está na frente de batalha contra o regime de Pequim. “Há três décadas, ninguém esperava que a União Soviética fosse cair. Ninguém pensava que o Muro de Berlim ia cair. Fazendo pressão e com determinação, esperamos que o mundo saiba que Hong Kong merece democracia”, declarou.

“Alguns dizem que sou separatista. Mas quero deixar claro: Hong Kong precisa de uma reforma no sistema eleitoral. Queremos eleger nosso próprio governo, nosso próprio chefe de governo”, declarou Wong a jornalistas na capital alemã.

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