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Países do G7 concordam em ajudar Amazônia “o mais rápido possível”

As sete potências reunidas na cúpula do G7, em Biarritz, concordaram neste domingo (25) em “ajudar os países atingidos” pelos incêndios na Amazônia “o mais rapidamente possível”. A “emergência climática” foi inserida no tópico “combate às desigualdades”, um dos três temas principais do evento, além de segurança e economia.

Emmanuel Macron lembrou que a França é um dos nove países amazônicos, graças à Guiana Francesa.
Emmanuel Macron lembrou que a França é um dos nove países amazônicos, graças à Guiana Francesa. Ludovic Marin/Pool via REUTERS
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Em uma entrevista, o francês lembrou que a Colômbia fez um pedido de ajuda à comunidade internacional para enfrentar o problema. “Nós devemos nos mostrar presentes. Devemos finalizar isso”, disse Macron, ressaltando que “há contatos” sendo feitos pela França “com todos os países da Amazônia”, para disponibilizar “meios técnicos e financeiros”. Macron lembrou que a França é um dos nove países amazônicos, graças à Guiana Francesa.

Soberania nacional

O objetivo do governo francês é chegar a um consenso sobre uma ajuda financeira para os países sul-americanos combaterem o desmatamento e promoverem o reflorestamento. O presidente sublinhou a necessidade de recuperar as áreas afetadas, apesar dos desafios que a questão coloca em termos de soberania nacional, “que é perfeitamente legítima”.

“Respeitando a soberania, nós devemos ter um objetivo de reflorestamento. A importância  da Amazônia para esses países e para a comunidade internacional é tão grande em termos de biodiversidade, oxigênio e luta contra as mudanças climáticas, que precisamos proceder o reflorestamento”, explicou Macron.  Os diálogos nesse sentido vão continuar na cúpula, frisou.

No sábado (24), em um discurso de lançamento da cúpula, Macron declarou “a Amazônia é nosso bem comum”. “Estamos todos envolvidos, e a França está provavelmente mais do que outros que estarão nessa mesa [do G7], porque nós somos amazônicos”, afirmou o presidente francês.

Colômbia pede ajuda, apesar de ainda não ser afetada

Neste sábado (24), o presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu recursos à comunidade internacional para preservar a Amazônia. "Quero (...) fazer um chamado à comunidade internacional para que entenda que não é somente com discursos, mas que também se requerem recursos e apoio científico para a preservação de nosso pulmão amazônico", disse o presidente, em um evento público na cidade de Cali (sudoeste).

Depois de conversar por telefone com o presidente Jair Bolsonaro, Duque informou que os fundos também servirão para enfrentar o crime transnacional associado ao tráfico de espécies no "pulmão do mundo". Ele disse que solicitará aos países que compartilham a Amazônia que adotem uma "declaração conjunta" para resguardar a biodiversidade da maior floresta tropical do planeta.

A Colômbia não foi afetada até o momento pelas chamas, e compartilha a Amazônia com Peru, Bolívia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Equador.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre quinta e sexta-feira foram registrados um total de 1.663 incêndios no país, o que motivou o envio de tropas à zona para combater o fogo.

Com informações AFP

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