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Coreia do Norte/Testes

Coreia do Norte volta a disparar mísseis no Mar do Japão

A Coreia do Norte disparou nesta sexta-feira (16) dois "projéteis não identificados" que caíram no Mar do Japão, anunciou o Estado-Maior conjunto das Forças Armadas sul-coreanas. Este foi o sexto lançamento desse tipo em três semanas.

A Coreia do Norte voltou a fazer testes com mísseis em direçéao ao Mar do Japão, nesta sexta-feira 16 de agosto de 2019. procédé à des tirs de missiles vers la mer du Japon (photographie d'illustration).
A Coreia do Norte voltou a fazer testes com mísseis em direçéao ao Mar do Japão, nesta sexta-feira 16 de agosto de 2019. procédé à des tirs de missiles vers la mer du Japon (photographie d'illustration). Korean Central News Agency (KCNA)
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Os militares da Coreia do Sul disseram que os projéteis foram disparados da região da cidade de Tongchon, na província de Kangwon, sudeste da Coreia do Norte, em direção ao Mar do Leste, também conhecido como Mar do Japão. "O exército está monitorando a situação em caso de lançamentos adicionais, mantendo uma postura de prontidão", informou Comando do Estado-Maior.

Esta é a sexta série de disparos da Coreia do Norte desde 25 de julho. Ao comentar os testes precedentes, o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, afirmou que se tratava de uma "advertência solene" às manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

A Coreia do Norte considera que os exercícios conjuntos frequentes são uma preparação para uma eventual invasão de seu território. O regime norte-coreano havia alertado que o início das manobras impediria a retomada do diálogo entre Pyongyang e Washington sobre o arsenal do país.

Pyongyang critica discurso de Seul

A Comissão para a Reunificação Pacífica do País, uma instituição do regime norte-coreano, anunciou nesta sexta-feira, em comunicado, que rejeitava as declarações da véspera do presidente sul-coreano, Moon Jae-In, sobre o processo de paz na península. Em discurso pronunciado por ocasião do aniversário da libertação da Coreia da ocupação japonesa (1910-1945) na quinta-feira (15), Moon declarou que seu objetivo era "alcançar a paz e a reunificação até 2045", apesar do mandato presidencial único para o qual foi eleito terminar em 2022.

O comunicado norte-coreano acusa Seul de ser responsável pela paralisação atual das discussões entre as duas Coreias e pela não aplicação da "declaração histórica de Panmunjom". Esta declaração foi adotada durante a reunião surpresa de Kim com o presidente americano, Donald Trump, em Panmunjom, na Zona Desmilitarizada (DMZ) que separa as Coreias, no mês de junho.

Na ocasião, os dois governantes decidiram retomar em breve as negociações sobre o arsenal nuclear norte-coreano, mas até agora o anúncio não se concretizou. No texto publicado nesta sexta-feira, Pyongyang descarta uma retomada a curto prazo do diálogo com o Sul. "Não temos mais nada a discutir com as autoridades sul-coreanas e não temos nenhuma intenção de nos reunirmos novamente com elas", afirma o texto.

Trump minimiza testes

Após o quinto teste de mísseis norte-coreanos, Donald Trump afirmou no Twitter que Kim Jong-Un enviara uma carta com um pedido de "desculpas" pelos disparos. Desde o início da série de lançamentos, Trump minimiza a importância dos testes e afirma que são mísseis de curto alcance, cujos disparos não representam uma violação do que foi estabelecido desde o início de seu diálogo com Kim.

O presidente inclusive criticou as manobras organizadas pelos militares americanos com as tropas sul-coreanas, que chamou de "caras e ridículas". Ele destacou inclusive que, em sua carta, Kim afirmou o desejo de retomar as negociações sobre a questão nuclear "assim que terminarem os exercícios conjuntos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul".

(Com informações da AFP)

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