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Síria/terrorismo

Mulheres e filhos de combatentes do grupo EI deixam campo de refugiados na Síria

Cerca de 800 mulheres e crianças começaram a deixar o acampamento de refugiados de Al-Hol, no nordeste da Síria, nesta segunda-feira (3). Esta é a primeira operação do gênero organizada pelas autoridades curdas do país.

Campo de refugiados de Al-Hol, no nordeste da Síria.
Campo de refugiados de Al-Hol, no nordeste da Síria. DELIL SOULEIMAN / AFP
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Cerca de 17 ônibus transportando as mulheres e as crianças, a maioria parentes de membros do grupo Estado Islâmico, deixaram o local. Os refugiados serão levados para Raqa e Tabqa, no norte da Síria, para encontrar seus familiares. As forças encarregadas da segurança do campo organizaram filas para registrar as mulheres. A evacuação aconteceu em um dia de forte calor na região – mães e filhos, exaustos, choravam à espera da autorização para subir nos veículos.

Algumas crianças foram identificadas com uma ficha em torno do pescoço, onde consta o nome e o número de telefone. Cerca de 74 mil pessoas vivem no local, sendo 12 mil estrangeiros e 8.000 mulheres e crianças. De acordo com a ONU, mais de 30 mil sírios moram no acampamento. O objetivo é retirar todas as pessoas do local, segundo as autoridades curdas.

Ajuda internacional

Depois de ter proclamado vitória em março contra o califado do grupo Estado Islâmico na Síria, as autoridades curdas, que têm o apoio de Washington, devem gerenciar a difícil situação da superpopulação nos campos de refugiados. Vários pedidos de ajuda foram feitos à comunidade internacional, pedindo mais ajuda humanitária.

As organizações não-governamentais denunciam as condições difíceis nos acampamentos, que incluem desnutrição aguda no caso das crianças, por falta de atendimento médico.

Órfãos são enviados para a Noruega

As autoridades curdas entregaram nesta segunda-feira (3) cinco órfãos de famílias norueguesas ligadas ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) a uma delegação do país nórdico que se deslocou para repatriá-los - afirmou uma autoridade local. O anúncio foi feito em um comunicado por Kamal Akef, um porta-voz das autoridades curdas. O objetivo é "tirar essas crianças de um ambiente extremista e levá-las para um outro, positivo, onde serão reeducadas e reintegradas à sua sociedade de origem", ressaltou.

O comunicado não revela as identidades e idades das crianças. A Cruz Vermelha elogiou o anúncio e pediu o repatriamento de todos os noruegueses que se encontram no campo de deslocados de Al-Hol. As autoridades curdas pedem que os respectivos países repatriem suas mulheres a crianças. Vários países ocidentais, como a Grã-Bretanha, ainda não decidiram se vão receber os menores.

 

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