Coreia do Norte lança novos "projéteis" e reaviva tensão sobre crise nuclear
A Coreia do Norte lançou um novo projétil nesta quinta-feira (9), que ainda não foi identificado, de acordo com um comunicado das forças armadas sul-coreanas. Os tiros aconteceram pouco depois da chegada do emissário dos Estados Unidos a Seul.
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“A Coreia do Norte atirou projéteis não-identificados no leste a partir da cidade de Sino-ri, na província de Pyongyan do Norte”, anunciou o chefe de Estado Maior das forças armadas sul-coreanas. O teste aconteceu algumas horas depois do desembarque de Stephen Biegun, representante especial americano para a Coreia do Norte, que chegou hoje à capital sul-coreana. Ele se encontrará com vários responsáveis do país para tentar encontrar uma solução e avançar as negociações sobre a desnuclearização norte-coreana.
O tiro acontece poucos dias depois de um exercício militar, ocorrido no último sábado (4) e supervisionado pelo líder do regime, Kim Jong-un. O ministro norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela agência KCNA, disse que o treinamento era “habitual e puramente defensivo”, e visava testar o funcionamento de lança-foguetes de grande porte e armas táticas teleguiadas. Vários foguetes e pelo menos um míssil balístico de curto alcance foram lançados na ocasião.
Sem perspectivas de avanço
No sábado (4), Seul pediu a Pyongyang que “colocasse fim às atividades que aumentam a tensão na península coreana.” Durante a cúpula histórica com o presidente americano Donald Trump, em junho de 2018, em Singapura, o dirigente norte-coreano Kim Jong-un se comprometeu a “trabalhar pela desnuclearização completa da península coreana.”
O ceticismo, no entanto, é total, já que não há perspectivas concretas de avanço e os dirigentes deixaram o encontro de fevereiro em Hanoï sem obter um acordo. Kim Jong-un pediu a retiradas de sanções consideradas importantes para o presidente americano, em troca de esforços considerados mínimos por Trump.
Paralelamente, Kim Jong-un se encontrou no fim de abril com o presidente russo Vladimir Putin em Vladivostok para sua primeira reunião de cúpula, onde ele se queixou da “má-fé” dos americanos na crise nuclear envolvendo os dois países.
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