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Calma "precária" em Gaza após confrontos de israelenses e palestinos na madrugada

A duas semanas das eleições legislativas em Israel, a ameaça de uma nova guerra com os palestinos paira sobre a região. O conflito entre o exército israelense e os palestinos continuou na madrugada desta terça-feira com bombardeios e lançamentos de foguetes.

As hostilidades na Faixa de Gaza continuaram na madrugada desta terça-feira, mesmo após o anúncio de um cessar-fogo pelo grupo palestino Hamas.
As hostilidades na Faixa de Gaza continuaram na madrugada desta terça-feira, mesmo após o anúncio de um cessar-fogo pelo grupo palestino Hamas. REUTERS/Mohammed Salem
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O exército israelense efetuou diversos ataques aéreos na Faixa de Gaza contra alvos do Hamas em resposta a um foguete palestino lançado na manhã de segunda-feira contra uma casa ao norte de Tel Aviv, que deixou sete feridos. Segundo as autoridades de Israel, há crianças entre as vítimas.

O primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, que busca um novo mandato nas eleições de 9 de abril, havia prometido uma retaliação "forte" contra o ataque. Além dos bombardeios que começaram durante à tarde contra o território palestino, os israelenses enviaram um reforço policial na fronteira com a Faixa de Gaza.

A operação militar de Israel desencadeou novos lançamentos de foguetes por parte dos palestinos. Muitos deles foram destruídos pelo sistema de defesa israelense e outros caíram em áreas não povoadas. Ao sul do país, sirenes foram acionadas para alertar os moradores a buscar locais seguros.

Durante à noite, o Hamas e outras facções palestinas declararam por meio de um comunicado que um cessar-fogo havia sido negociado com mediação do Egito. Autoridades israelenses não comentaram a conclusão ou não de uma trégua nos combates.

Em Gaza, palestinos indicaram que ao menos dois alvos foram atacados, mas de acordo com o exército israelense, pelo menos 15 locais foram bombardeados do Hamas e da Jihad Islâmica, entre eles o escritório do líder do movimento que controla o território, Ismail Haniyeh, e um prédio apresentado como a sede dos serviços de informação da organização.

O ministério palestino da Saúde indicou que ataques aéreos do exército israelense feriram cinco pessoas.

Segundo o correspondente da RFI em Jerusalém, Guillhem Duteil, uma calma "precária" é observada na região na manhã desta terça-feira. 

O Hamas anunciou na noite de ontem que todos os serviços administrativos seriam abertos desde cedo. Em Israel, as escolas que ficam nas proximidades do enclave palestino permanecem fechadas. As duas partes parecem observar se os engajamentos por uma trégua serão respeitados. 

A situação entre israelenses e palestinos voltou a ficar tensa na Faixa de Gaza depois das manifestações no ano passado pelo "direito ao retorno" em Israel dos refugiados palestinos de 1948 e seus descendentes. No final de semana, os palestinos vão celebrar o primeiro aniversário dessas manifestações.

Cerca de 200 palestinos morreram por forças israelenses desde o início dessas manifestações, em 30 de março de 2018.

Com o correspondente da RFI em Jerusalém, Guilhem Delteil

 

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