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Israel/EUA

Netanyahu chega aos EUA em busca de apoio de Trump para sua reeleição em Israel

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em plena campanha eleitoral e a duas semanas das legislativas em Israel, chegou aos Estados Unidos neste domingo (24). Nos próximos dias, ele aparecerá várias vezes ao lado de seu grande aliado, o presidente Donald Trump, que multiplica os gestos em favor de Israel.

Outdoor de campanha eleitoral mostra Benjamin Netanyahu apertando a mão de Donald Trump, em Jerusalém.
Outdoor de campanha eleitoral mostra Benjamin Netanyahu apertando a mão de Donald Trump, em Jerusalém. REUTERS/Ammar Awad/
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Segundo o ministro das Relações Exteriores de Israel, Trump assinará nesta segunda-feira (25), ao lado de Netanyahu, um decreto reconhecendo a soberania israelense sobre as Colinas de Golã. O chanceler Israel Katz divulgou a informação pelo Twitter As Colinas de Golã fazem parte do território sírio e foram conquistadas por Israel na guerra dos Seis Dias de 1967.

Donald Trump anunciou na quinta-feira (21), em um tuíte, que havia chegado o momento "para os Estados Unidos de reconhecer plenamente a soberania de Israel sobre Golã, que tem uma importância estratégica para o Estado de Israel e para a estabilidade regional". A declaração rompe com o consenso internacional e a posição de décadas da diplomacia americana no Oriente Médio.

Netanyahu em queda nas pesquisas

Pouco antes deste anúncio do presidente americano, o primeiro-ministro israelense caía nas pesquisas contra seu principal rival, o general Benny Gantz. Para alguns observadores, o tuíte de Trump teve como objetivo fortalecer a campanha eleitoral de Netanyahu, que está no poder há uma década.

A presença do presidente dos Estados Unidos na campanha das eleições legislativas israelenses de 9 de abril é grande. Em Jerusalém e Tel Aviv há cartazes gigantes com uma imagem de Trump e Netanyahu apertando as mãos.

O primeiro-ministro israelense está sendo investigado por corrupção, quebra de confiança e fraude em três casos diferentes. Ele afirma ser o único capaz de obter sucessos diplomáticos como o reconhecimento de Golã por Trump que ele chamou de marco "histórico". O presidente dos EUA, por sua vez, disse que sua iniciativa não tem nada a ver com as eleições israelenses ou com o possível apoio a Netanyahu.

Um convidado especial

Trump vai receber Netanyahu não uma, mas duas vezes na Casa Branca. O primeiro “reunião de trabalho” acontece na segunda-feira. Na terça-feira, o presidente americano oferece um jantar a seu convidado.

Desde que chegou ao poder em janeiro de 2017, Trump multiplicou seus gestos em favor de Israel, especialmente com o reconhecimento de Jerusalém como a capital do país, em dezembro de 2017. Em maio de 2018 veio a transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para a cidade sagrada.

O ex-embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Oren, hoje ministro-adjunto encarregado da diplomacia, observa que Netanyahu e Trump "compartilham o mesmo desprezo do politicamente correto".

Em Washington, Netanyahu poderá festejar também outra vitória diplomática: a primeira-ministra romena, Viorica Dancila, prometeu neste domingo que seu país seguirá os EUA e mudará sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. A Romênia integra a União Europeia e essa transferência iria contra a posição do bloco. O país, aliás, ocupa a presidência rotativa da EU e o presidente romeno de centro-direita, Klaus Iohannis, em conflito com o governo de esquerda, é contrário a essa decisão.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, outro aliado de Netanyahu, anunciou que fará visita a Israel antes das legislativas de 9 de abril.

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