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Venezuela/crise

Deputados europeus são expulsos da Venezuela

O presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, criticou a expulsão, neste domingo (17), de cinco eurodeputados de uma delegação que veio ao país para se reunir com o opositor. A UE reconheceu Guaidó como chefe de Estado interino venezuelano, até a realização de novas eleições.

Además de González Pons, se prohibió la entrada a los españoles José Ignacio Salafranca y Gabriel Mato Adrover, así como a la holandesa Esther de Lange y el portugués Paulo Rangel.
Además de González Pons, se prohibió la entrada a los españoles José Ignacio Salafranca y Gabriel Mato Adrover, así como a la holandesa Esther de Lange y el portugués Paulo Rangel. Twitter/Juan Guaidó
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Para Guaidó, a expulsão reflete as ações de um “regime isolado e irracional”, às vésperas de uma semana decisiva na Venezuela. A entrada da ajuda humanitária no país, bloqueada na fronteira com a Colômbia, foi fixada para sábado, apesar da oposição do presidente Nicolás Maduro.

“Confiscaram nossos passeportes e não nos comunicaram o motivo de nossa expulsão”, declarou, em um vídeo, o deputado espanhol Esteban Gonzalez Pons, que pertence, como o restante do grupo, ao Partido Popular Europeu, (de direita e centro-direita). A filmagem aconteceu no aeroporto de Caracas-Maiquetia.

“Somos a primeira delegação internacional que veio à Venezuela visitar o presidente interino, Juan Guaidó. O problema não é sermos bloqueados, mas é impedir o presidente interino de se encontrar com autoridades estrangeiras na Venezuela”, disse Pons. O ministro das Relações Exteriores de Nicolás Maduro, Jorge Arreaza, publicou uma mensagem no Twitter explicando que, “através de canais diplomáticos oficiais”, Caracas havia avisado há vários dias ao grupo de eurodeputados que eles não seriam admitidos em território venezuelano.

O regime de Maduro, que tem o apoio da Rússia, da China, da Turquia, do Irã e de Cuba, controla as fronteiras do país. Juan Guaidó, chefe do Parlamento que se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, foi reconhecido por cerca de 50 países, entre eles os Estados Unidos.

Um milhão de voluntários

O opositor venezuelano convocou seus partidários para apoiar e auxiliar no encaminhamento da ajuda humanitária estocada nos países fronteiriços. Ele prometeu que, até esta data, a ajuda chegaria “de qualquer maneira” pela terra ou pelo mar para formar uma “avalanche humanitária”. A situação pode gerar um embate com as Forças Armadas que apoiam Nicolás Maduro, que vê, na ação, um pretexto para uma intervenção militar dos Estados Unidos.

Ele negou a “urgência humanitária’” e assegurou que o governo distribui ajuda para seis milhões de famílias. O diz que a situação no país é fruto das sanções americana, que tem um impacto de US$ 30 milhões por ano na economia venezuelana.

Na quarta-feira, o presidente americano, Donald Trump, não descartou a opção militar para resolver a crise venezuelana. Ele pediu às Forças Armadas que preparassem um “plano especial” na fronteira colombiana, que tem 2.200 quilômetros. Juan Guiadó reiterou seu apelo aos militares, pedindo a eles que deixassem passar a ajuda humanitária.

Dezenas de toneladas começaram a chegar na sexta-feira e sábado em Cúcuta, oriundas das bases americanas. O ponto de estocagem em Roraima, onde o governo brasileiro previu 13 abrigos para imigrantes venezuelanos, deve começar a funcionar nesta segunda-feira.

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