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Tsunami após erupção vulcânica faz centenas de vítimas na Indonésia

Pelo menos 222 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas, segundo o último balanço, em um tsunami que atingiu a Indonésia, após a erupção de um vulcão. Outras 30 pessoas estão desaparecidas, informou o porta-voz da agência de gestão de desastres do país, Sutopo Purwo Nugroho.

Habitantes de Carita nos escombros de suas casas, em 23 de dezembro de 2018.
Habitantes de Carita nos escombros de suas casas, em 23 de dezembro de 2018. Semi/AFP
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Os números da catástrofe aumentam à medida em que as ações de socorro se desenrolam. Centenas de edifícios ficaram destruídos pela onda gigante que atingiu as praias do sul de Sumatra e do extremo oeste de Java, por volta das 21h30 da noite de sábado (22), pelo horário local. De acordo com testemunhas, a população e os turistas tentavam fugir no meio da escuridão, entre os detritos.

Na praia de Carita, a jovem Muhammad Bintang, de 15 anos, viu quando o mar invadiu a costa, mergulhando tudo na escuridão. "Chegamos às 21h para as férias e de repente a água entrou. Tudo ficou preto, não havia eletricidade", disse a adolescente.

Erupção numa ilha vulcânica

Autoridades informaram que o tsunami pode ter sido causado por uma elevação anormal da maré, provocada pela lua cheia, e por um deslizamento de terra submarino que se se seguiu à erupção na pequena ilha vulcânica de Anak Krakatoa, situada no Estreito de Sunda, entre Java e Sumatra. Ela emergiu do oceano meio século depois da erupção mortal de Krakatoa, em 1883, e abriga um dos 127 vulcões ativos da Indonésia.

Inicialmente, as autoridades tinham dito que a onda não era um tsunami, mas sim um reflexo da maré alta, incitando a população a não entrar em pânico. "Foi um erro, sentimos muito", escreveu Nugroho mais tarde no Twitter.

De acordo com o Centro Indonésio de vulcões e Gestão de Risco Geológico, Anak Krakatoa tem mostrado sinais de aumento de atividade sísmica desde a semana passada. Uma erupção ocorreu pouco antes das 16 horas, durando cerca de 13 minutos, o suficiente para enviar centenas de metros de fumaça e uma nuvem de cinzas para o céu.

A Indonésia reúne 17 mil ilhas e se situa no chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, no encontro de placas tectônicas, e é um dos países mais propensos a erupções vulcânicas e terremotos em todo o mundo.

Frequentemente o país registra terremotos mortais, como o que atingiu a cidade de Palu, na costa oeste de Celebes, em 28 de setembro de 2018, matando pelo menos 2.073 pessoas. Outras 5.000 pessoas ainda estão desaparecidas, a maioria enterrada sob os escombros dos prédios destruídos.

Em 2004, um tsunami causado por um terremoto de magnitude 9.3 em Sumatra matou 220 mil pessoas na costa do Oceano Índico, incluindo 168 mil na Indonésia.

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