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Opep / Petróleo / Economia

Opep confirma corte de 1,2 milhão de barris de petróleo em 2019

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, entre eles a Rússia, concordaram nesta sexta-feira (7) em reduzir sua produção em 1,2 milhão de barris diários (mdb) para tentar controlar os preços. O anúncio foi feito pelo ministro iraquiano do Petróleo, Thamer Abbas al Ghadhban, após uma reunião em Viena, na Áustria.

Ministro russo da Energia, Alexander Novak, Ministro do petróleo do Emirados Arabes, Suhail Mohamed Al Mazrouei e o secretário geral da Opep, Mohammad Barkindo, durante reunião na sede da organização em Viena, na Áustria. 7/12/2018
Ministro russo da Energia, Alexander Novak, Ministro do petróleo do Emirados Arabes, Suhail Mohamed Al Mazrouei e o secretário geral da Opep, Mohammad Barkindo, durante reunião na sede da organização em Viena, na Áustria. 7/12/2018 REUTERS/Leonhard Foeger
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Ghadhban afirmou que a redução será de 800 mil barris diários nos 14 países membros da Opep e de 400 mil nos países parceiros. Essa baixa será calculada a partir dos níveis de produção de outubro e será fiscalizada em abril, declarou o porta-voz da reunião, Tafal al-Nasr.

A incerteza tinha marcado o primeiro dia de reunião, após declarações pessimistas do peso-pesado do cartel, a Arábia Saudita. "Não, eu não acredito" que se alcance um acordo, admitiu na quinta-feira (6) o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khaled al-Faleh, após um primeiro dia de negociações em Viena.

Mas a realidade bateu à porta quando os ministros constaram que há mais oferta que demanda. Os preços tinham caído mais de 30% em dois meses. Antes do fim da reunião, os preços do barril de petróleo nos mercados de Londres e Nova York já subiam cerca de 5%.

Chegar a um acordo não foi simples. O ministro russo da Energia, Alexander Novak, lembrou que, no inverno, as "condições climáticas na Rússia tornavam muito mais difícil de reduzir [a produção] do que para outros países".

A Opep e seus aliados garantem cerca da metade da produção mundial de petróleo bruto e estão ligados por uma parceria iniciada há dois anos.

Pressão de Washington

Por sua vez, a Arábia Saudita deve enfrentar a pressão dos Estados Unidos, numa posição enfraquecida pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.

Antes da reunião em Viena, o presidente americano Donald Trump, que pressiona a Opep há meses, pediu à organização para não aumentar os preços, preocupado com os consumidores americanos.

O ministro saudita respondeu na quinta-feira que Washington "não está em posição de dizer o que devemos fazer". "Eu não preciso da permissão de ninguém para diminuir" a produção, acrescentou.

Rival político de Riade e terceiro maior produtor da Opep, o Irã propôs um corte de mais de 1 mdb, embora reclame uma isenção para si de qualquer redução por já estar submetido às sanções dos Estados Unidos.

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