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Unesco/patrimônio

Reggae integra lista de Patrimônio Imaterial da Unesco

O reggae, estilo musical jamaicano que conquistou fama em todo o planeta graças a artistas como Bob Marley, passou a integrar a lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade, anunciou a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) nesta quinta-feira (29).

O reggae jamaicano foi inscrito no patrimônio Cultural da Humanidade
O reggae jamaicano foi inscrito no patrimônio Cultural da Humanidade Flickr/ Creative Commons
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A decisão de incluir o reggae na lista foi tomada pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da organização, reunido nesta semana em Port-Louis, a capital de Maurício. Mais de 40 inscrições foram avaliadas.

Em seu comunicado, a Unesco destacou a contribuição do reggae "à reflexão internacional sobre questões como a injustiça, a resistência, o amor e a condição humana e a força intelectual, sociopolítica, espiritual e sensual deste elemento do patrimônio cultural". Segundo Olivia Grange, ministra da Cultura da ilha caribenha, “o reggae é uma música que conquistou todo o mundo”.

Diferentemente da lista do patrimônio mundial, a lista do patrimônio imaterial da Unesco não utiliza critérios de “excelência ou exclusividade”. Não se trata de escolher o patrimônio “mais bonito”, mas representar a diversidade e o know-hall das comunidades de diversos países.

Expressão de comunidades marginalizadas

A organização também afirmou que, embora a princípio tenha sido uma expressão musical de comunidades marginalizadas, com o tempo o reggae foi "abraçado por amplos setores da sociedade, sem distinção de sexo, etnia ou religião". O reggae se une a uma lista criada em 2003 e que inclui quase 400 tradições ou expressões vivas, que vão desde a arte de fazer a pizza napolitana até o flamenco, passando pela cerveja belga, a ioga e o tango.

O estilo musical emergiu nos anos 60 e se popularizou nos Estados Unidos e no Reino Unido, importado por inúmeros imigrantes jamaicanos depois da Segunda Guerra Mundial. O estilo se tornou a música dos oprimidos, por abordar questões sociais e políticas, prisão e desigualdade. Em 1968, a canção “Do the Reggay”, de Toots e Maytals, foi a primeira a utilizar o termo reggae, mas foi Bob Marley e seu grupo The Wailers quem consagrou o ritmo em canções como “No Woman, No Cry” e “Stir It Up”.

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