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China organiza primeira Feira Internacional das Importações para atrair capital estrangeiro

Em plena guerra comercial com os Estados Unidos, a China organiza primeira vez uma Feira Internacional das Importações. O presidente chinês Xi Jinping participou da abertura do evento nesta segunda-feira (5). Cerca de 300.000 visitantes de 130 países são esperados.

Xi Jinping durante a inauguração da Feira Internacional das Importações, 5 de novembro de 2018
Xi Jinping durante a inauguração da Feira Internacional das Importações, 5 de novembro de 2018 REUTERS/Aly Song/Pool
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Do enviado especial em Xangai, Stéphane Lagarde

A China quer impressionar seus convidados: enquanto os jornalistas chegam, os jardineiros terminam os detalhes na grama, instalada para facilitar o acesso à convenção. Além disso, os moradores de Xangai receberam a ordem de permanecer em casa, para não atrapalharem o trânsito e a chegada das delegações.

Nas diversas telas expostas, é possível ler a mensagem “Uma nova era, um futuro compartilhado”. Xi Jinping, mais uma vez, quer se mostrar como o “salvador do mundo liberal”. “Vamos prosseguir em direção a mais abertura”, disse o presidente, diante de várias autoridades internacionais “amigas” da China.

Entre elas, os primeiros-ministros da Rússia, Dimitri Medvedev, e do Paquistão, Imran Kan. Eles tiraram fotos juntos e fizeram críticas aos adeptos do “protecionismo” e do “isolamento”, numa alusão a Donald Trump, único responsável, segundo Pequim, pela guerra comercial que acontece há vários meses entre China e Estados Unidos.

“A tempestade pode esvaziar uma lagoa, mas não o mar. A economia chinesa está sólida”, afirmou Xi Jinping, prometendo às empresas estrangeiras presentes “mais lucros”. “A China vai importar US$ 30 bilhões de dólares de mercadorias nos próximos 15 anos”, disse o chefe de Estado.

China se transformou, mas ainda não convence totalmente

Desde a Exposição Universal de 2010, a China se tornou a segunda economia mundial – e, para Xi Jinping, isso se reflete nos setores da educação, da saúde, da cultura e das comunicações. A nação quer provar que deixou de ser a "fábrica do mundo” e se tornou “high tech”, um grande mercado aberto aos importadores.

Mas não é certo que todo o esforço da China impressione e tranquilize os investidores estrangeiros. Por exemplo, o fato de que o Google permanece bloqueado no país incomodou algumas das empresas presentes, cujos representantes se perderam sem o uso do aplicativo de localização geográfica pelas ruas de Xangai. 

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